Ex-goleiro do Flamengo admite mágoas dos dias em que estava defendendo o rubro-negro

Alex Muralha durante treinamento no Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Em seu último ano de contrato com o Flamengo, Muralha escreve uma nova página em sua carreira no Coritiba. Bem adaptado à cidade e ao trabalho no clube, ele tenta colocar as mágoas no passado. Titular do Coxa, ele só pensa no campeonato estadual e em ajudar o seu time no retorno à Série A do Campeonato Brasileiro.

“Meu contrato com o Flamengo termina no final deste ano e, como já disse outras vezes, hoje meu pensamento está exclusivamente no Coritiba. Completei um ano desde a estreia, com bons números, fui muito bem recebido por todos e estou completamento adaptado à cidade e ao clube”, disse Muralha, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

Depois de ser até convocado para defender a seleção brasileira, o arqueiro foi alvo de muitas críticas no Flamengo. Daquele período, ele ficou com algumas cicatrizes, que o ajudaram a retomar o crescimento da carreira. Após deixar o Rubro-Negro, o goleiro foi para o Albirex Niigata, no Japão, e disputou 29 partidas no Oriente.

“Eu guardei algumas mágoas naquele período, de coisas que falaram, deixaram o lado profissional de lado para atacar o pessoal. Mas já passou, e eu só tenho a agradecer ao Flamengo. Tive visibilidade, consegui realizar um sonho de criança, que era ir para a seleção brasileira [em 2016]. Nas nossas vidas sempre vão ter altos e baixos, depende da maneira como a pessoa vai reagir. O final no Flamengo não foi agradável, mas quando eu fui para o Japão era uma nova oportunidade. Voltei para o Coritiba, sabia que ia ser uma nova história na minha vida, me concentrei totalmente e foquei para voltar a jogar em alto nível”, contou o arqueiro.

Confira a entrevista com Muralha:

Flamengo

Acho que os números e as conquistas mostram por si só a competência e a qualidade dos jogadores e da situação atual do clube, e falando da minha posição, o Flamengo está muito bem servido de goleiros. Cheguei a jogar com o Diego Alves, é um cara sensacional, ótimo profissional e merecedor de tudo o que vem acontecendo na vida dele

Defender um pênalti depois da Copa do Brasil

Considero com normalidade, algo em que muitas vezes fui efetivo nos clubes por onde passei

Nota da redação: o goleiro foi criticado por não ter conseguido defender os pênaltis na decisão da Copa do Brasil, de 2017, contra o Cruzeiro.

Início de temporada

Estou muito feliz com tudo o que eu estou passando no Coritiba. Completei um ano de clube recentemente, com bons números e vitórias importantes. Apostei no projeto que o Coritiba tinha em 2019, que era retornar à Série A, e com muito empenho e força coletiva conseguimos cumprir o objetivo.

Quarentena

Estou em Curitiba com minha esposa e filho, sem sair de casa. Minhas principais preocupações são com minha família. É algo muito sério o que está acontecendo em todo o mundo. Não dá para ignorar as recomendações. Tenho tido contato com a comissão técnica, preparadores físicos, de goleiros, e procurado seguir uma cartilha de treinos. O treinamento de goleiro é muito específico e diferente dos demais atletas, mas estou em contato com nosso preparador de goleiros, Thiago Mehl, e procurado manter o ritmo físico e técnico todos os dias.

Preparação física

Recebemos uma cartilha de treinos para a parte física e fisiológica, e também da nutrição do clube. Também recebi recomendações do nosso preparador de goleiros, o Thiago Mehl, que faz uma parte mais específica para nós goleiros.

Retirado de: UOL