A única proposta financeira feita pelo Flamengo ao técnico Jorge Jesus e seu representante para a renovação do atual contrato, que vence em maio, foi entregue pela diretoria rubro-negra quando a pandemia do novo coronavírus já estava em curso, pouco depois de seu início, em março.
O clube já tinha a noção de que o cenário econômico era complicado com a alta do euro e poderia piorar ainda mais, e apresentou números abaixo da expectativa do português, que sinalizou com a pedida de 7 milhões de euros por ano.
Os termos passaram a ser negociados pelo advogado de Jesus e pelo dirigentes Marcos Braz e Bruno Spindel, mas até a saída de férias dos membros do futebol o consenso estava distante.
O Flamengo viu com bons olhos a ida do técnico para Portugal, onde foi ficar um pouco com a família, para assentar os valores e rever as possibilidades diante das incertezas do calendário.
E espera seu retorno ao Rio para tentar selar o acordo no fim de abril. O advogado Bruno Macedo segue em Lisboa e mantém contatos telefônicos. Há otimismo de lado a lado para um desfecho positivo, apesar da distância numérica.
A questão é que as conversas sobre a renovação do contrato do técnico ainda não se deram sob o novo panorama financeiro que se desenha. Algo inevitável na avaliação dos dois lados.
As duas partes ainda acreditam ser possível chegar a um denominador comum para Jesus e a comissão técnica portuguesa ficarem no Brasil. Nessa próxima conversa após as férias, contudo, o clube vai passar as impressões sobre o que acha que vai acontecer nos próximos meses no Flamengo e no país.
Retirado de: Extra