O atraso do repasse de R$ 8,8 milhões da Adidas ao Flamengo causou muito mal-estar no clube, mas uma reunião marcada para esta semana pode resolver a questão e recolocar o bom relacionamento nos trilhos. O presidente Rodolfo Landim assumiu para si as conversas e uma nova rodada está agendada para os próximos dias. A expectativa no clube é que o pagamento seja liberado e encerre a desavença.
O Fla evita críticas públicas à parceira, mas não caiu nada bem a inadimplência dentro do clube. Há o consenso de que a gigante alemã não atravessa crise financeira e que não há justificativa plausível para o não pagamento, ainda que o mundo atravesse a crise da Covid-19. O exemplo do Palmeiras, que receberá a íntegra dos valores da Puma, é citado pela cúpula rubro-negra.
Por contrato, a empresa paga duas parcelas anuais do mesmo valor aos cariocas. Sem receitas como bilheteria, o dinheiro da fornecedora é considerado essencial para que os compromissos sejam honrados na Gávea.
Não há uma movimentação mais concreta em relação a um eventual rompimento da parceria, que tem validade até 2023. Apesar disso, a dificuldade para o abastecimento de produtos nas lojas também incomoda. O Rubro-Negro estima que vendeu cerca de 900 mil camisas em 2019, mas entende que o número seria bem maior se a multinacional tivesse conseguido atender à demanda.
Parceira histórica do clube, a Adidas vestiu os jogadores rubro-negros nas conquistas das Libertadores de 1981 e de 2019, além do Mundial de 81. Em 2013, a dobradinha foi retomada e o Fla foi colocado no mesmo patamar de gigantes europeus.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a marca informou que “está em conversas com seus parceiros, nas últimas semanas, para encontrarem juntos a melhor maneira de enfrentar os impactos econômicos provocados pelo Covid-19”.
Retirado de: UOL