A ordem é reduzir custos para conter o máximo do impacto da crise do coronavírus na economia mundial.
E a empresa FlaFlu Serviços Ltda, responsável pela gestão do Maracanã há pouco mais de um ano, seguiu a tendência. O efetivo de funcionários acabou sensivelmente reduzido, também por conta do decreto do governador Wilson Witzel com a determinação do isolamento social. A maior parte das atividades foi suspensa e, com isso, o custo de manutenção caiu sem o dia a dia de jogos. Estimado em R$ 2 milhões mensais, o valor durante a pandemia é calculado em cerca de R$ 400 mil. Ou seja, um alívio de 80% nos custos para a empresa gestora.
A estratégia contemplou manter apenas parte do efetivo de segurança, equipe destinada ao tratamento do gramado e também parte dos empregados responsáveis pela limpeza do estádio. O número de funcionários que trabalham diariamente caiu de cerca de 70 para 20. A Greenleaf segue responsável pela manutenção do gramado. Como o último confronto ocorreu há mais de um mês – clássico entre Vasco e Fluminense em 15 de março – as condições atualmente são consideradas satisfatórias. Seriam necessários três ou quatro dias para colocá-lo em plenas condições para receber uma partida. Mas, por enquanto, não há previsão de retorno das atividades.
Com a crise da pandemia do covid-19, o complexo do Maracanã foi um dos locais escolhidos para abrigar um hospital de campanha que terá capacidade para 400 leitos, com 80 de UTI. A previsão é de que as obras sejam concluídas em 30 de abril. Ainda que ocupe parte do complexo, no espaço do Estádio de Atletismo Célio de Barros, o hospital de campanha não impediria a realização de jogos no local, caso esse seja o desejo de Flamengo ou Fluminense.
A dupla completou no último domingo, 19 de abril, um ano à frente da gestão do estádio. Em julho de 2019 foi criada a empresa FlaFlu Serviços Ltda, destinada exclusivamente para gerenciar o complexo do Maracanã. A concessão inicial teve 180 dias e a segunda, renovada em outubro pelo mesmo prazo, se encerra em uma semana, no dia 30 de abril. Tanto Governo do Estado quanto os clubes entendem que não deve haver problema para que uma nova concessão de 180 dias seja confirmada no Diário Oficial do estado, nos mesmos moldes.
A expectativa era de que após um ano uma licitação fosse aberta para a concessão a longo prazo, de 35 anos. Mas a urgência da pandemia deixou o assunto em segundo plano.
Retirado de: ESPN
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