Jornalista revela que Marcos Braz é contra volta acelerada do Flamengo aos treinos

Marcos Braz durante coletiva de imprensa no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

O Flamengo realizou testes em jogadores, funcionários e pessoas próximas dos atletas para a detecção do novo coronavírus e já marcou uma segunda bateria de exames, tendo como objetivo o retorno das atividades em campo, mesmo que a primeira bateria de testes tenha apontado três jogadores infectados pela Covid-19.

No podcast Posse de Bola #32, o jornalista Mauro Cezar Pereira analisa a pressa de parte dos dirigentes do clube rubro-negro em retomar o futebol e explica que há uma divisão em relação aos que apoiam ou não a volta dos jogos no momento.

“Na prática, eu acho que o que direciona essas decisões são as mentes das pessoas. No caso do Flamengo, inclusive, a gente sabe que dentro da própria diretoria existem discordâncias, nem todo mundo defende essa volta açodada. Você ouviu, por exemplo, o Marcos Braz [vice-presidente de futebol] dizendo que tem que voltar correndo quando ele deu aquela longa entrevista para a gloriosa FlaTV?”, diz Mauro Cezar.

“Você percebe ali que nem todo mundo pensa igual. Mas o presidente do Flamengo deu uma declaração lá atrás, inclusive, que que queria voltar no dia 21 de abril, quando as férias dos jogadores ainda eram inicialmente de 20 dias. Depois foram esticadas até o dia 30 de maio. Agora, eles não estão mais de férias, estão à disposição, mas impossibilitados de trabalhar porque não há condições ainda”, completa o jornalista.

Mauro compara a forma como parte dos dirigentes trata o retorno ou não do futebol é semelhante à maneira como empresários lidam com a pandemia em relação a seus funcionários.

“Vai muito de como cada um encara. Da mesma maneira que você vai encontrar empresários que entendem que seus funcionários têm de ficar em casa e ele tem que rebolar para conseguir manter os empregos, ele não pode abrir seu comércio, a sua indústria, o seu negócio no momento e outros querem abrir de qualquer maneira”, conclui Mauro.

Retirado de: UOL