Os trabalhos de Jorge Jesus, no Flamengo, e Jorge Sampaoli, no Santos, chamaram a atenção do futebol brasileiro. Para muitos, os treinadores estrangeiros foram os responsáveis por elevar o nível do futebol apresentado no Brasil e, por isso, são alvos de crítica de diversos técnicos brasileiros. Segundo o jornalista Mauro Cezar, Jesus e Sampaoli tiveram papel fundamental em 2019 e, por este motivo, alguns comandantes brasileiros devem torcer para que eles deixem o Brasil.
“Se depender de alguns técnicos brasileiros por aí, não, né? Dá a sensação de que alguns devem estar torcendo para ele (Jorge Jesus) ir embora, se mandar o quanto antes e deixar o futebol brasileiro. Eu entendo que pouca gente discute os avanços que o futebol brasileiro deve dar na direção do que ele (Jesus) e Sampaoli fizeram no ano passado… Eu acho que, na verdade, eles devem estar torcendo pra que esses gringos saiam fora o quanto antes, vão trabalhar em outro lugar. E aí a gente fica, de novo, naquele futebol tacanho que ficou aqui nos últimos anos, com exceção do que eles fizeram, e o Thiago, do Athletico-PR, que fez coisas interessantes. Vai encontrar um movimento aqui e outro ali, mas, no geral, um futebol jogado de uma maneira muito pobre”, disse Mauro, antes de prosseguir:
“Eu não acho que as pessoas estão preocupadas em elevar o nível a partir da presença deles, não, e sim, talvez acreditando que não fiquem tanto tempo. A questão agora é: quantos técnicos de fora virão nas próximas temporadas, como já veio mais gente agora. O do Internacional, por exemplo, era campeão Argentino quando foi contratado, para continuar provocando esse choque. Esse choque é necessário para que exista uma cobrança maior. Na minha visão, o futebol, no todo, não parece muito preocupado em aproveitar isso, não. Mais ou menos o 7×1. Quantas lições foram tiradas do 7×1? Pouquíssimas! Não falta gente querendo jogar o 7×1 para debaixo do tapete ha quase seis anos, fazer de conta que não aconteceu”, concluiu o jornalista, no programa Linha de Passe, da Espn.
Retirado de: O Dia