Novo parceiro do Flamengo terá imagem no cenário digital como em nenhum outro clube da América

Escudo do Flamengo é exposto próximo a um dos gols, no gramado do Maracanã (Foto: Daniel Castelo Branco)

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, disse no “Bem, Amigos” que o novo patrocinador pode não ser a Amazon. Afirmou haver outros candidatos a estampar sua marca na camisa rubro-negra e que são vistos hoje até em vantagem. Manteve o segredo da marca, mas a mudança do BS2, pé quente e campeão da Libertadores, para uma nova parceria pode ampliar a participação nas redes sociais.

Hoje o Flamengo dá exposição a seus parceiros cinco vezes maior do que o River Plate, seu rival mais direto na América do Sul, e também cinco vezes mais do que o Corinthians, que o persegue mais de perto no Brasil. Em fevereiro, o clube liderou uma lista do site DeporFinanzas. Em transcendência a partir da comunicação digital, ficou à frente de Liverpool, Manchester United, Barcelona, Tottenham, Al Ahly, Arsenal, Galatasaray, Real Madrid e Chelsea, os dez primeiros.

Hoje, o mercado cobra a integração com os torcedores nas mídias digitais e o Flamengo é um dos principais exemplos desta tendência. A avaliação é de Gustavo Herbetta, que trabalhou nos departamentos de marketing do Corinthians e da Federação Paulista e que hoje é consultor da LMID (Let’s Make it Different). Na sua avaliação, os patrocinadores já não se satisfazem com a exibição de sua marca na televisão.

Querem o entrosamento com a base de sócios-torcedores e com quem navega nas mídias digitais dos clubes. “Vejo avanço de clubes como o Fortaleza, o Bahia e o Flamengo, por tudo o que representa”, diz Herbetta. Há muito tempo, a relação entre clubes e patrocinadores no Brasil ficou perdida no tempo. No passado, marcas importante no planeta exibiam seu nome nos uniformes.

Foi o caso da Parmalat, no Palmeiras e no Juventude da Cirio, no São Paulo, da Samsung, no Corinthians e no Palmeiras, da General Motors, no Internacional. Estas marcas multinacionais desapareceram dos uniformes brasileiros. Na Europa, elas ainda participam, mas com outros tipos de patrocínios. Jogadores do Barcelona e do Bayern podem ser vistos chegando aos centros de treinamentos.

O exemplo mais recente é a parceria do Barcelona com a Netflix, para a produção da série Matchday. “Não sei dizer o valor, mas pode acreditar que é muito mais do que de qualquer exibição em uniforme de jogo”, diz Gustavo Herbetta. O Barcelona foi o último dos grandes clubes a estampar um patrocinador em sua camisa. Pagou para mostrar o símbolo da Unicef, até que começou a receber para exibir a marca Qatar Airways.

As parcerias vão continuar nas camisetas, mas precisam avançar. A pandemia escancara que é preciso melhorar a relação com as marcas e criar ações com os torcedores que se relacionam com as mídias digitais.

Retirado de: Blog do PVC