CBF avalia que protocolo elaborado pode ter mudanças a curto prazo

Sede da CBF no Rio de Janeiro (Foto: Cahê Mota/Globo Esporte)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, na terça-feira (9), algumas recomendações que clubes, federações e profissionais do futebol brasileiro devem seguir. Entre as medidas, está proibido que os atletas beijem a bola, se abracem para comemorar gols ou cuspam no gramado.

O protocolo divulgado, entretanto, é passível de mudanças a curto prazo. É o que afirma Jorge Pagura, diretor médico da CBF. “É importante frisar que não fizemos o protocolo para dizer que queremos a volta do futebol”, iniciou, em entrevista ao canal ESPN Brasil.

“Como outras atividades, à medida que as autoridades flexibilizarem de acordo com seu nível epidemiológico e suas vagas de hospital, aí estaremos preparados para fazer as nossas atividades com a maior segurança possível. Então, trabalhamos muito. O que estamos vivendo é um filme”, acrescentou.

“Estou falando hoje de um protocolo, mas pode ser que daqui a quinze, vinte dias tudo esteja diferente. É uma doença nova. É uma doença que muda a cada dia. Conceitos são colocados e depois de dois ou três dias deixam de significar alguma coisa. Tratamentos são evocados e descartados”, observou Pagura.

“De qualquer forma, tralhamos e fizemos o protocolo. Seguramos por um tempo porque entendemos que não era o momento propício de liberá-lo. Durante esse período, discutimos com mais de cem médicos ligados ao futebol”, declarou.

“Infectologistas também participaram. E todos sabiam das premissas básicas do protocolo, que não são muito diferentes de outros países. Mas são adaptadas para nossa realidade em termos de momento de epidemia, em termos de calendário”, disse.

De acordo com Pagura, o protocolo elaborado pela CBF é formado por cinco fases. “A primeira (fase) é a testagem de quem vai trabalhar nos CTs. A fase preliminar com treinamentos individuais e em pequenos grupos. Depois, os treinamentos coletivos. Depois, as competições. E por último a fase de acompanhamento”, enumerou.

“Conversamos com médicos de clubes e federações para fazer esse protocolo. E o futebol brasileiro tem ótimos departamentos médicos. E, quando entregamos o protocolo que poderá ser utilizado no Campeonato Brasileiro, temos a ideia de que os clubes apliquem às suas realidades. Não é um protocolo só nosso”, finalizou Pagura

Retirado de: Torcedores