Contratado para o segundo semestre do ano passado, o técnico Jorge Jesus conseguiu em pouco tempo cair nas graças da torcida do Flamengo e muito por conta do êxito que teve nas competições que disputou, incluindo os títulos da Conmebol Libertadores e do Brasileirão em 2019. Porém, de acordo com o Mister, ele também teve um apoio importante logo na sua chegada ao Rubro-Negro.
Em Live beneficiente junto do clube carioca, no Maracanã, neste domingo (14 de junho), Jesus afirmou que o ex-goleiro Júlio César, com quem trabalhou e foi campeão no Benfica, teve papel fundamental junto aos jogadores do plantel do Flamengo que ele estava prestes a comandar.
“A forma como os jogadores do Flamengo me aceitaram, houve uma pessoa que foi fundamental para isso, um jogador do Flamengo, o Júlio César, que foi meu jogador no Benfica e, quando sobe que eu vinha para o Flamengo conversou com vários jogadores do Flamengo porque foram colegas dele e disse: se vocês o aceitarem, vai ser fácil porque ele é muito exigente, não para. É a minha paixão e tenho uma forma de trabalhar em que procuro ser o mais perfeito o possível, sabendo que não sou, e isso exige dos meus jogadores. Quando você está sempre cobrando, há jogadores que não conseguem suportar esta pressão”, começou por dizer.
“Você está num clube onde a pressão é constante quando você joga. Então, se você não consegue aceitar a pressão do seu treinador, quando você for jogar não vai conseguir aceitar a pressão dos torcedores. Também é uma forma de trabalhar mentalmente para os clubes onde estão. Mas o mais importante foi eles entenderem que a minha exigência é de querer o bem deles e da equipe, e não desvalorizar o trabalho deles”, prosseguiu. Por último, o Mister ainda falou da importância do Flamengo para a sua carreira.
“Claro que o Flamengo acrescentou na minha carreira. Hoje sou um treinador muito mais conhecido no mundo, apesar de ser um treinador muito conhecido na Europa, porque na Europa é verdade que ganhei vários títulos em Portugal, foram 11, mas tudo o que seja internacionalmente dá uma dimensão e outra visibilidade. Neste caso, as finais do Mundial e da Libertadores, tudo isso dá um prestígio que só no capítulo nacional, ou seja só ganhar o Brasileirão ou Português, não dá esse estatuto quando você ganha títulos além-fronteiras. Não só pessoalmente. Os grandes clubes do mundo, hoje em termos de torcida podem ser três ou quatro, onde está incluído o Flamengo, mas em termos esportivos ainda não está nesse patamar. O Real Madrid, hoje, é um dos maiores clubes do mundo hoje porque ganhou Champions, o Barcelona, além da Champions, também ganhou vários títulos internacionais. São as equipes que ganham todos os anos. As equipes que ganham de vez em quando, você não pode considerar uma grande equipe no mundo, só no campeonato local”, completou.
Retirado de: Fox Sports
