O lateral direito Rafinha, do Flamengo declarou que não foi por dinheiro que veio para o Flamengo. O jogador revelou que teve, ao menos, cinco propostas financeiramente melhores para continuar na Europa, mas escolheu vir para o Brasil para realizar um desejo pessoal.
— Se eu tivesse pensado no dinheiro, eu tinha ficado na Europa. Eu tinha proposta da Inter de Milão, tinha a chance de renovar com o Bayern, tinha proposta da Espanha, da Rússia, chegou proposta do PSG depois da saída do Daniel Alves. Mas eu já tinha dado minha palavra para o Flamengo. Eu tinha o desejo de jogar no Brasil, sentir o calor da torcida, mas era uma aposta. Escolhi honrar minha palavra, mas foi uma situação difícil. Mas o que eu vivi no Flamengo nesse ano, não tem dinheiro que compre. Conquistei muitos títulos e deixei meu nome na história do clube”, disse o jogador em entrevista ao Aqui com Benja, do Fox Sports, que foi ao ar hoje.
O papel de Jorge Jesus
Na opinião do lateral direito do Flamengo, Jorge Jesus foi muito importante para as conquistas. No entanto, Rafinha exaltou o elenco rubro-negro, dizendo que outros treinadores, com os mesmos jogadores, seriam capazes de fazer um trabalho parecido.
“O Jorge Jesus é um grande treinador. Ajuda muito. Ele explica o que ele quer que a gente faça, provou que ele é bom. Mas acho que outro treinador teria sucesso no Flamengo também. O Flamengo é muito bom. Eu já joguei no Bayern e era assim também: 22 jogadores que podem entrar em campo e manter o nível alto”
Rafinha disse que esperava conquistas, mas não da maneira como elas vieram – em quantidade e qualidade. O jogador afirmou que o desenvolvimento do trabalho do treinador Jorge Jesus em tão pouco tempo o surpreendeu.
“Eu sou um cara otimista, mas foi muito melhor que eu esperava. Até esperava ganhar, mas eu joguei quarenta jogos no Flamengo e perdi três vezes. São só seis meses de trabalho. O time está decolando agora. Eu tinha certeza que ia ganhar alguma coisa, mas não achei que ia ganhar tudo, como ganhou. Olha o Liverpool, está ganhando tudo agora, mas foram quatro anos de trabalho para chegar nesse nível”, continuou.
Jogos sem torcida
Para Rafinha, os jogos sem torcida serão um desafio para o Flamengo. O lateral ressaltou que os times menores podem ser beneficiados com a nova realidade.
“Jogar sem torcida pode atrapalhar, sim. Isso está fazendo diferença lá na Europa. Os times menores estão jogando de igual para igual com os grandes fora de casa. Aqui, vai acontecer também. A torcida faz diferença. Nós jogamos bem contra o Bangu, mas o sentimento foi outro, a preparação foi outra, dava para ouvir tudo dentro de campo, até o barulho da chuteira na bola”, complementou.
Retirado de: UOL