A busca da diretoria do Flamengo por Mauricio Isla não gira em torno apenas de um nome para ocupar a lacuna na lateral direita, mas de um jogador que possa suprir um papel específico no elenco. Experiente e com carreira profissional enraizada na Europa, o lateral-direito pode ser um também um dos líderes do grupo, como era Rafinha — que foi para o Olympiacos, da Grécia.
A ideia da diretoria não é fazer loucuras, mas, com a saída de Rafinha, entende-se que se ganha um lastro para investir em reforços. Os contatos iniciais foram satisfatórios para ambas as partes e as negociações avançam. Por outro lado, a cúpula sabe que, diante do cenário, há uma certa urgência para um acerto.
No Flamengo, o ex-camisa 13 era uma espécie de “capitão sem faixa”. Como o UOL Esporte mostrou no último sábado, o lateral exerceu forte influência sobre os colegas, sobretudo entre os mais jovens, tornando-se conselheiro dos companheiros.
Isla, por sua vez, chega à Gávea com um jogador experiente e com um currículo respeitável, tendo passagens em grandes clubes da Europa. A ideia é que ele possa se juntar a Diego Ribas, Diego Alves e Filipe Luis como um dos líderes do grupo.
Hoje, o técnico Domènec Torrent tem apenas João Lucas à disposição para a ala. Com apenas 22 anos, o jogador, que chegou à Gávea no ano passado — depois de se destacar no Carioca pelo Bangu —, soma apenas 13 jogos oficiais pelo Fla.
Até por este motivo, não está totalmente descartada a chegada de dois reforços para o setor. A primeira resposta de João Lucas, porém, na partida contra o Coritiba, foi satisfatória.
Embarque e expectativa
Marcos Braz, vice-presidente de Futebol do Flamengo, e Bruno Spindel, diretor de futebol, embarcaram ontem (16) para a Europa para uma conversa pessoal com Isla. A estratégia foi a mesma utilizada para o acerto com o técnico espanhol Domènec Torrent. A intenção é alinhar alguns pontos do contrato que ainda não foram alinhavados e concluir o negócio rapidamente.
Retirado de: UOL