Com a rotação de elenco promovida pelo técnico Domènec Torrent, alguns jogadores passaram a ter mais espaço no Flamengo. Caso de Renê, que atuou até na lateral direita improvisado contra o Grêmio e Santos e deu sua contribuição.
A ideia é conquistar a confiança do treinador, e o lateral tem bons números como trunfo. Este ano, nas sete partidas em que foi titular, o Flamengo venceu. Quarta, ele atuou no 5 a 3 contra o Bahia. Ao todo, atuou em 11 jogos nesta temporada- dez vitórias em um empate, contra o Grêmio.
A última vez que o time perdeu quando Renê iniciou uma partida foi no 2 a 0 contra o Emelec, nas oitavas da Libertadores de 2019.
— A confiança é algo que vem com o decorrer dos jogos, a medida em que você vai mostrando que pode contar contigo. Estou procurando aproveitar as chances que surgem para que as coisas sigam acontecendo de forma positiva – disse Renê.
No próximo sábado, às 17h, o Flamengo enfrenta o Fortaleza, no Maracanã, e tenta se aproximar ainda mais do pelotão de frente do Campeonato Brasileiro.
Confira a entrevista com Renê:
Acredita que já conseguiu conquistar a confiança do Dome nestes primeiros jogos dele à frente do Flamengo?
— Todo mundo que está recebendo uma oportunidade tenta dar o seu melhor pelo time, e comigo não é diferente. A confiança é algo que vem com o decorrer dos jogos, a medida em que você vai mostrando que pode contar contigo. Estou procurando aproveitar as chances que surgem para que as coisas sigam acontecendo de forma positiva e com naturalidade.
Como foi ter atuado na lateral direita? Qual foi a principal orientação dada pelo treinador?
— Foi uma missão que me foi passada e o meu foco foi só o de dar o meu máximo para ajudar. Quando eu comecei a subir para os profissionais do Sport, treinei algumas vezes como lateral-direito. Então, acabou que não foi algo tão novo para mim.
— Quando eu já era titular, em 2014, a gente tinha uma jogada de escanteio defensivo em que eu ficava na primeira trave, mas na rebatida eu saia para a lateral direita, trocando com o Samuel Xavier, e ficava lá até surgir uma oportunidade tranquila para recompor. Como falei, se for da vontade da comissão e eu tiver condições de contribuir, vou sempre estar à disposição para ajudar o Flamengo.
A rotação do elenco vai ser uma boa motivação para os jogadores que não vinham sendo titulares?
— Com certeza. O Flamengo tem um grupo extraordinário de jogadores, não sou o único a falar isso, onde todos têm condições de ajudar, de vestir essa camisa. A gente sabe que serão muitos jogos até o final do ano, que todos terão uma chance. Então, você tem que estar sempre pronto para corresponder quando a sua hora chegar.
O que tem chamado mais atenção no dia a dia em relação ao trabalho do novo técnico?
— O trabalho é muito bom, os treinamentos são muito produtivos, intensos, e a gente só tem evoluído. É um novo conceito, uma nova metodologia e acredito que só temos o que melhorar com o decorrer das semanas de trabalho.
A vitória sobre o Bahia coloca o Flamengo de vez na briga pelo topo da tabela do Brasileiro?
— Nós ficamos muito felizes pelo que a conseguimos apresentar, pela evolução, mas sabemos que ainda temos muito a crescer. O caminho da temporada é longo, então é sempre importante manter os pés no chão e focar no trabalho. Somente assim, com muito suor, treinamento e dedicação, a gente vai chegar onde desejamos.
É possível notar uma ótima relação sua com o Filipe Luís. Como tem sido disputar uma vaga com ele?
— Tem sido um prazer enorme poder jogar ao lado de um cara tão diferenciado como jogador e pessoa como o Filipe Luís. A gente tem uma amizade muito grande, ele me dá muita força, conselhos, e isso só fez crescer a admiração que eu já tinha por ele. Tenho o máximo de respeito e sei que quando eu entrar ele vai estar sempre na torcida por mim.
Retirado de: Globo Esporte