Os jogadores do Flamengo já esperavam e ansiavam pela chegada de Rogério Ceni na tarde de segunda-feira. A informação já tinha chegado ao Ninho do Urubu e um dos jogadores disse: “Todos nós, jogadores, estamos desejando que isso aconteça.” Ao mesmo tempo, Rogério negociava com Marcos Braz e viajava de Curitiba a Salvador, onde o Fortaleza enfrentará o Bahia, nesta quarta-feira. O presidente do clube cearense chegou à Bahia com a delegação de seu clube sabendo da possibilidade de perder seu treinador, mas com a certeza de que Rogério não poderia resistir.
Não dava para Rogério dizer não. Primeiro, porque os jogadores o queriam — e querem. Segundo, porque o Flamengo é a grande oportunidade de sua carreira. O Flamengo permite o sonho de ganhar a Copa do Brasil, que jamais venceu, de ganhar a Libertadores e se tornar o sétimo técnico a ser campeão depois de vencer também como jogador e a chance de ser campeão brasileiro em seu segundo ano como treinador de Série A.
Há o pecado mortal de nosso futebol. Rogério faz com que o Brasileirão tenha quinze trocas de treinador em vinte rodadas e que, dos vinte clubes da primeira divisão, só Grêmio, São Paulo e Fluminense tenham o mesmo comando desde janeiro.
Mas o Flamengo tem chance de evoluir com Rogério Ceni. Pode ganhar todos os títulos e Rogério Ceni se tornar um dos mais importantes técnicos do país. A verdade é que nem a direção do Fortaleza ficou chateada com a decisão de Rogério Ceni.
Retirado de: Blog do PVC — Globo Esporte