Em sua primeira entrevista, o novo técnico do Flamengo, Rogério Ceni, deixou claro que pretende se adaptar ao estilo ofensivo do time nos últimos anos. Ao mesmo tempo, demonstrou que o calendário do futebol brasileiro e a maratona de jogos nem sempre vão permitir a equipe a jogar de forma intensa como se gostaria. Ainda exaltou o estilo de Jesus e admitiu falhas de sistema defensivo. Ou seja, mostrou aprender com os erros do sucessor Domènec Torrent.
O técnico espanhol tinha prometido fazer poucas mudanças após Jorge Jesus, mas acabou optando por alterações radicais. Foi preservado o DNA ofensivo com marcação bem adiantada, o que deixou buracos atrás e falhas defensivas que foram decisivas para sua queda.
Já o Fortaleza atual é um time mais cauteloso, tendo a melhor defesa do Brasileiro, com 14 gols tomados. Ao mesmo tempo, faz poucos gols. Em contraste, desde o início de sua carreira, Rogério defende o futebol ofensivo, intenso e agressivo na frente. E é o que pretende implantar no Flamengo.
“Mais ofensivo possível. Joguei no gol e fiquei muito tempo lá atrás. Tem que tentar a marcação pressão de acordo com a qualidade física dos jogadores. Eles (jogadores do Flamengo) gostam da bola, sempre tentando ser mais ofensivo possível, tentando sempre a procura do gol, gol, gol?. Gol lá. Aqui tem jogo em cima de jogo, então, pressionar sempre é mais complicado. O intuito é jogar como o Flamengo sempre jogou”, explicou o treinador.
Em relação a esquemas, ele entende que vinha adotando um sistema no Fortaleza parecido com o do Flamengo, com 4-2-4. Mas ressaltou que a postura depende também da qualidade do time. E exaltou o estilo da equipe sob o comando de Jorge Jesus. “É um estilo de jogo que eu gosto, que tentei praticar dentro das nossas possibilidade. Jogo intenso e de marcação alta. Depende muito da parte física dos atletas.”
Sobre as falhas defensivas do Flamengo, Rogério analisou que tratava-se de problemas de todo um sistema, e não de questão individual. Desta forma, vai em direção oposta a Dome que só no final de sua estadia reconheceu que havia erros coletivos na defesa do time.
“Erros defensivos são fruto de um sistema de jogo. A crítica existe a um determinado jogador, goleiros? Mas, quando tem um número elevado de gols, é um número muito alto. Temos que ajustar. Os jogadores que vão se encarregar de resolver em campo. Estamos aqui para arrumar uma solução. Não é um problema único de uma peça”, concluiu.
Do saldo, está claro que Rogério vai adotar um meio do caminho. Manterá o DNA ofensivo do Flamengo nos últimos anos, mas o fará respeitadas as circunstâncias do calendário do futebol brasileiro que ele conhece melhor do que Dome.
Retirado de: Rodrigo Mattos/UOL
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Pessoal o cara sabe que existe falhas individuais so não quer entregar nomes aos bois,é claro.
Pelo amor de Deus, vamos parar de criticar os jogadores, são seres humanos iguais a nós, vamos apoiar.
Discordo um pouco do R cini, existe falhas coletiva sim, principalmente de posicionamento , mas a falha individual é gritante, só cego que næo ve
Só não concordo com Rogério Ceni em uma coisa. Erros individuais existem SIM. Gustavo Henrique, principalmente ele, é o maior exemplo. Mas, entendo a posição do Rogério, falar a verdade não seria bom para o relacionamento com os jogadores. Ele vai reconhecer sem falar nada, basta observarmos as escalações. Pra cima do São Paulo logo mais. Avante Flamengo.
Logicamente existem erros individuais. Mas com muitos erros coletivos, a probabilidade de acontecerem erros individuais é bem maior, não concorda? Erros individuais sempre irão existir, afinal, somos seres humanos. Com muito treino e entrosamento a tendência é reduzir essas falhas. Outra coisa que atrapalhou foi esse sistema de rodízio que nunca vi em lugar nenhum no planeta. Vc poupar um jogador ou outro por desgaste físico é uma coisa. Outra totalmente diferente é cada jogo vc entrar com um time diferente. Para Dome conseguir entrosar esse time, ele precisaria de uns 4 anos de trabalho com os mesmos jogadores. No mundo real isso não existe. Futebol é dinâmico, entra e sai jogador... E ainda que permanecessem todos, nem a torcida do Flamengo e nem os jogadores teriam essa paciência de esperar todo esse tempo para o time começar a gruvar, como não tiveram e o técnico caiu.
Concordo com Ceni em número e grau. Agora não consigo entender uma pessoa a anos no futebol envolvido dentro de campo errar tanto e com dois auxiliares que provaram que eram bons, mas não vimos eles conversando no campo, acho que a soberba arrogância estava presente. Diretoria deveria cobrar o Dome deixaram mesmo ruim ele continuar no erro.
Discordo um pouco do R cini, existe falhas coletiva sim, principalmente de posicionamento , mas a falha individual é gritante, só cego que næo ve
Com falhas coletivas, as falhas individuais tendem a acontecer com mais frequência e o contrário é verdadeiro. Quando vc joga por música, como era o time de Jorge Jesus, vc faz aquilo automaticamente. É a repetição que leva à quase perfeição (pq somos humanos). O time de JJ sabia tudo o que fazer em campo. Aí as falhas individuais aparecem de vez em quando, o que é normal.
No Fortaleza o homem de confiança na zaga era Paulão. Vc acha que Paulão tem mais condição técnica que Gustavo Henrique? O problema é que Paulão foi condicionado a fazer aquilo repetidas vezes dentro de um esquema tático correto. Se a defesa do Flamengo estava uma bagunça, como vc queria que Gustavo Henrique e Léo Pereira acertassem??? Cada um fazia do seu jeito. E não é assim que funciona
Rogério é inteligente e sabe que com o bom plantel que tem nas mãos, dá prá desenvolver um futebol equilibrado sem maiores riscos prá defesa, embora o time esteja bastante desfalcado por contusões, suspensões e convocações. Boto fé na melhora do Flamengo já no próximo jogo.