Cria do Flamengo e no time profissional desde 2015, quando recebeu sua primeira oportunidade com Oswaldo de Oliveira, Thiago Santos está muito próximo de deixar o clube no final de 2020. Em entrevista exclusiva ao site da ‘ESPN’, o atacante revelou que, com o contrato se encerrando em 31 de dezembro, recebeu ofertas de clubes do Brasil e também do exterior.
“Meu contrato vai até dia 31 de dezembro. O mais importante agora é voltar a treinar, pegar ritmo. A gente já recebeu algumas propostas. Não me procuraram para renovar meu contrato, então, a gente está analisando para ver o melhor para mim, para meu futuro. A gente quer fazer a melhor escolha, seja no Flamengo ou em outro clube”, disse.
“Tinha alguns do Brasileiro, que a gente não pode revelar, alguns de fora do Brasil. Mas o que importa é que tive essas propostas e nós vamos analisar. Já chegaram propostas e sondagens. Porque meu contrato vai até dia 31, então, vou analisando para ver o que é melhor para a minha carreira”, completou.
Thiago conviveu com algumas lesões durante seu período no clube que atrapalharam qualquer chance de sequência de jogos. A primeira veio durante as férias.
“Foi uma infelicidade minha. Eu estava de férias e, como eu sou da Paraíba, uma família muito humilde e fiz uma pelada de final de ano para arrecadar alimentos para famílias carentes. Justamente nessa pelada eu tive a infelicidade de torcer o joelho. Aí, fiquei parado, fui emprestado para a Índia. O treinador me colocou de meia, fui um dos melhores do campeonato. Foi onde eu voltei para o Flamengo e veio o Abel Braga, gostou muito de mim”, afirmou.
“Joguei alguns jogos do Carioca. Como o elenco do Flamengo estava recheado de atacantes, quando chegou a proposta da Chapecoense, na minha primeira semana de treinos, um jogador caiu por cima do meu joelho e rompeu o joelho, novamente. Não joguei na Chapecoense. Voltei para o Flamengo para mais uma oportunidade, e acabei rompendo o tendão de Aquiles em fevereiro”, relembrou.
Para complementar, Thiago ainda teve dificuldades na recuperação da lesão mais recente, no tendão de Aquiles, por conta da pandemia do coronavírus.
“Foi um ano bem complicado pela pandemia, também. Eu tive a cirurgia em fevereiro, e logo depois veio a pandemia. Eu ia fazer o tratamento no Flamengo só dois dias da semana. E era muito pouco. Ou seja, a recuperação foi totalmente diferente. Foi uma recuperação de seis, sete meses, que demorou um pouco mais”, apontou.
“Agora, estou 100%. Eu não estou integrado ao grupo principal, estou fazendo meu trabalho com o Sub-20, de recondicionamento físico. Na pandemia, eu engordei muito, também. Porque fiquei muito tempo sem conseguir pisar, mas agora estou na forma ideal, falta só pegar ritmo de treino, novamente”, finalizou.
Origens
“Eu sou da Paraíba, comecei na escolinha do Messias, na minha cidade, no futsal. Com 11 anos, comecei a jogar de atacante no campo. Aí, teve uma peneira na Paraíba que levava para o Palmeiras, fui para lá. Como sou filho único, bateu saudade da minha mãe, vim para o Rio, onde ela já estava. Acabou que eu comecei um projeto da SA Sports, de empresário, e foi onde eu comecei. Fui no Duque de Caxias, onde me destaquei e fui para o Flamengo em 2011”.
Catei latinha
“Eu tinha algumas dificuldades, mas trabalhar mesmo, não. Eu cheguei a catar latinha. Meu pai já trabalhava, então, eu me juntei com alguns amigos aqui e, a noite, catava latinha, garrafa, para arranjar um dinheirinho a mais”.
Como surgiu o Flamengo
“Eu estava no Duque de Caxias e fiz um jogo contra o Flamengo. Eles tinham acabado de ser campeões da Copa São Paulo, com Adryan, Matheus, César, e eu joguei muito bem. Aí, eles me chamaram para um período de avaliação e estou lá até hoje, vou fazer quase dez anos de Flamengo”.
Estreia no Fla
“A minha estreia foi contra o Grêmio, o técnico era o Oswaldo de Oliveira e tinha alguns desfalques no profissional. Subiram eu, Ronaldo, que está no Bahia. E eu fiquei lá, fui me destacando contra o Orlando City, dentro das oportunidades que eu tive, fui bem. Mas as lesões me atrapalharam bastante”.
Retirado de: ESPN