A Fifa optou por adiar o novo Mundial de Clubes turbinado com previsão de 24 clubes por conta de problemas da Covid e calendários. A ideia deve ficar para 2023. Mas a entidade não desistiu de fazer um torneio para competir com a Champions League tornando o futebol mais global, e menos concentrado na Europa.
Para 2021, a Fifa decidiu marcar dois Mundiais com formatos antigos, com sete times campeões das diferentes confederações. Um deles será realizado em março e o outro no final do ano. Teoricamente, poderia remodelar a competição para 2022, só que a Copa do Mundo do Qatar impede datas.
A ideia portanto e suspender as negociações comerciais sobre o novo Mundial de Clubes. Até porque, sem uma data definida, seria impossível vender para parceiros.
“Nós decidimos adiar o torneio, mas ele continua na agenda. Não decidimos quando ocorrerá. O Campeonato Mundial de clubes, especialmente os clubes, é o que os torcedores querem. A parte comercial desse torneio está suspenso porque precisamos saber quando ocorrerá, ocorrerá na China. A parte comercial será bem-sucedida”, disse o presidente da Fifa, Giani Infantino.
Depois disso, por duas vezes, ele atirou que a competição seria a maior de clubes do mundo. Atualmente, esse posto é ocupado com larga vantagem pela Champions League.
Em outro ponto, ressaltou que ligas nacionais e continentais distribuem dinheiro apenas para clubes de seus países e continentes. Por isso, exaltou o ponto de o Mundial de Clubes da Fifa dividir 100% da receita com os clubes participantes de todo mundo.
A tese de Infantino é de que, com esse novo formato, poderia dar mais dinheiro para clubes pelo mundo e formar uma nova elite de times. Assim, reduziria a disparidade para o futebol europeu, notadamente as equipes que disputam a Champions League. Essa posição vai de encontro à possibilidade da UEFA aumentar o número de jogos do torneio europeu.
Todo esse caldeirão de disputas vai se desenhar para o futuro já que o calendário do futebol mundial está traçado até 2024. Mas a discussão, no entendimento de Infantino, já deve ocorrer no próximo ano para que uma solução seja tentada.
Teoricamente, ele defende a redução do número de jogos em escala mundial – cogitou até a possiblidade de partidas de seleção serem realizadas em datas juntas. A questão é como diminuir jogos se cada federação nacional, confederação continental e a própria Fifa querem inchar seus próprios torneios.
Retirado de: Blog do Rodrigo Mattos