No sábado (26), às 19 horas, haverá muito mais do que só a emoção do jogo entre Fortaleza e Flamengo na Arena Castelão pela 27ª rodada da Série A do Brasileiro. O palco de tantas conquistas para o Tricolor do Pici também servirá para o primeiro reencontro com o técnico Rogério Ceni, que deixou o comando do time cearense no início de novembro para assumir o Rubro-Negro carioca.
A passagem de Ceni à frente do Fortaleza ficou marcada pela mudança de patamar do clube e da própria carreira do treinador. Depois de um início conturbado no São Paulo, o comandante assumiu o Tricolor cearense e causou uma verdadeira revolução dentro e fora das quatro linhas. Além das mudanças estruturais, o Leão ganhou títulos: a Série B do Brasileiro de 2018, a Copa do Nordeste de 2019 e o Campeonato Cearense em 2019 e 2020.
Badalado no comando do Leão, o treinador deixou o clube em agosto do ano passado para assumir o Cruzeiro, mas acabou retornando ao time cearense no fim do mês seguinte. Ao todo, Rogério Ceni ficou 1041 dias à frente do Fortaleza, com 153 jogos como técnico e aproveitamento total de 60,1%.
Ao assumir o Flamengo na vaga de Domenèc Torrent, Ceni abdicou, pela segunda vez, da idolatria e da estabilidade à frente do Fortaleza. Segundo o próprio treinador, “o torcedor tricolor compreende (a saída) pelo tamanho do desafio”.
Na frente da equipe carioca, o time foi eliminado nas quartas da Copa do Brasil e nas oitavas da Libertadores. Com apenas o Brasileirão, o Flamengo vem em desenvolvimento principalmente no mês de dezembro, e hoje ocupa a vice-liderança, com 48 pontos, cinco a menos do que o líder São Paulo.
Já no Fortaleza, a missão de substituir o segundo treinador mais longevo da história do clube ficou à cargo de Marcelo Chamusca. Na terceira passagem à frente do Tricolor do Pici, o comandante tinha o objetivo de conduzir o Tricolor na reta final da Série A, mantendo o time na elite do futebol nacional para 2021.
Com apenas uma vitória em sete jogos, o Fortaleza vem caindo pela tabela do Brasileirão, e hoje ocupa a 14ª posição, com 30 pontos – apenas dois à frente do Vasco, primeiro time dentro do Z-4 da Série A.
O trabalho de Chamusca vem sendo contestado, a ponto de a torcida cobrar o elenco em treino no Pici e a saída do treinador ter sido cogitada após o Clássico-Rei do último domingo (20), demissão descartada pela diretoria tricolor.
Retirado de: Globo Esporte
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Falou tudo Ricardo N.
Só espero que o Flamengo tenha uma atuação regular amanhã contra o Fortaleza. O apagão no início do segundo tempo no jogo contra o Bahia, quando tomamos três gols em poucos minutos, não pode se repetir. Ao contrário do ano passado, esse ano está muito difícil. Já até comentei que o Flamengo está jogando contra juiz, bandeirinha, VAR, CBF... Mas, na realidade, tudo isso só está acontecendo porque o Flamengo não vem jogando tudo que pode. Jorge Jesus disse, "o Flamengo só perde pra ele mesmo". E, é isso que está acontecendo. Não vou cansar de repetir que, a queda de rendimento absurda do Flamengo tem vários motivos, sendo o principal deles são os jogadores que, mesmo recebendo em dia altíssimos salários e tendo a disposição uma estrutura de primeiro mundo, vem se mostrando descompromissados. Quanto a Rogério Ceni, chegou num momento muito difícil, com o Flamengo disputando dois mata-matas. Tenho certeza de que, se a diretoria não tivesse demorado tanto para demitir Dome, Rogério teria tido mais tempo para conhecer os jogadores e teria percebido que escalar Léo Pereira, Gustavo Henrique e Lincoln era uma fria. Daqui para frente, não podemos, em hipótese nenhuma, perder pontos nos jogos menos complicados. Nos jogos mais complicados, como contra o Grêmio, em Porto Alegre, o empate é aceitável. O São Paulo não tem como ganhar todos os seus jogos. Pra cima do Fortaleza amanhã. Avante Flamengo.
* Sendo que o principal deles são os jogadores