Teve volta olímpica, boas atuações, mas 2020 será lembrado por Diego Alves como um ano cheio de percalços no Flamengo. Ontem (28), o Fla confirmou lesão muscular na coxa do camisa 1, que teve teve diversos problemas para dificultar sua caminhada na temporada.
Com Maracanã cheio e as taças da Supercopa e da Recopa Sul-Americana, o ano do rubro-negro começou com a promessa de um repeteco feliz de 2019. O tempo passou, a pandemia assombrou o mundo, e o goleiro foi um dos afetados pela covid-19. Infectado pelo vírus, o titular viu a ascensão de Hugo Souza, que saltou de quarto goleiro do elenco para uma ameaça real ao posto do ídolo.
Em paralelo, Diego foi protagonista de uma novela arrastada que quase terminou sem final feliz. Com contrato até o dia 31 de dezembro, o jogador acertou bases salariais para um novo acordo, mas viu um veto vindo da Gávea mudar o rumo da conversa. Irritado com o trato desfeito, o atleta se incomodou muito e a saída esteve próxima. Após uma longa costura e negociação, as partes cederam e chegaram a um consenso para a ampliação do casamento.
A caminhada, no entanto, teria outros obstáculos. Na vitória por 1 a 0 sobre o Santos, o goleiro teve uma lesão no ombro e ficou 20 partidas fora. Com Hugo cada vez mais firme, Alves encarou uma recuperação chata que só possibilitou o seu retorno no jogo contra o São Paulo, válido pela ida das quartas de final do Brasileiro. Ironicamente, ele sentiu câimbras e deu lugar a Neneca, que teve falha capital no lance que decretou a vitória tricolor por 2 a 1.
Com a chegada de Rogério Ceni ao Flamengo, Diego ganhou um fôlego novo e o respaldo absoluto do novo treinador, que foi um personagem importante para que houvesse o seu “fico” no clube. Um dos capitães do elenco, o atleta foi brindado com a faixa e viu sua liderança ser ainda mais fortalecida. Fora do time no empate contra o Fortaleza, voltou a ver o time pela televisão e irá ter de conviver com esse novo problema.
Apesar de a nova lesão não ser considerada das mais graves, Alves só deve perder, mesmo, as folgas que o grupo ganhou nos dias 31 de dezembro e 1 de janeiro. Para acelerar a volta, o goleiro irá fazer tratamento em casa nestes dias. A expectativa no clube é que ele esteja apto para retornar no dia 6 de janeiro, dia do clássico ante o Fluminense. Se não houver tempo hábil, a volta será contra o Ceará, dia 10 de janeiro.
A má notícia para o Fla veio numa hora “boa”, já que o Rubro-negro só volta a campo em oito dias. Na terceira colocação, o Fla está a sete pontos do líder São Paulo e vê a margem de erro diminuir a cada rodada que passa.
Retirado de: UOL