Em rota de colisão com o presidente Mário Bittencourt, o vice-presidente do Fluminense, Celso Barros, revelou bastidores da negociação envolvendo o atacante Pedro, ainda em 2019. Antes de aceitar a proposta da Fiorentina, o tricolor recusou uma oferta do Flamengo de 10 milhões de euros pelo jogador.
Na época, Pedro manifestou à diretoria o desejo de jogar no rubro-negro. Com passagens pelas categorias de base, o atacante também torcia para o time da Gávea na sua infância. A afirmação do jogador causou a ira do mandatário tricolor.
“Num dos últimos encontros, o jogador manifestou o seu desejo de jogar no Flamengo e o presidente ficou possesso, dizendo que para o Flamengo não o venderia de jeito nenhum. Eu pensei até que ele fosse infartar, tamanha era a sua vermelhidão e seu ódio”, escreveu Celso Barros em sua conta no Instagram.
O Fluminense, que no ano anterior já havia negociado Henrique Dourado com o arquirrival, recusou a proposta do Flamengo e, alguns meses depois, aceitou a oferta da Fiorentina. Para o clube das Laranjeiras, a oferta foi pior, já que o Fluminense recebeu apenas 8 milhões de euros, dois a menos que a oferta rubro-negra.
Mesmo assim, a diretoria se dava por satisfeita por não negociar seu principal jogador com o maior rival.
“Na última reunião em que foram definidos os valores da venda e as comissões dos agentes, ele me disse que eu não precisava ir e que iria ‘quebrar o pau’ com os empresários”, revelou Celso Barros.
Após uma passagem de seis meses na Fiorentina, Pedro acabou sendo emprestado com o Flamengo e, no final do ano passado, o clube comprou os direitos do atacante por 14 milhões de euros. Pelo mecanismo de solidariedade da Fifa, e por ainda deter 10% dos direitos do atacante, o tricolor recebeu R$ 11 milhões.
Retirado de: Hashtag Rubro-Negro