Após a derrota por 2 a 0 para o Internacional, neste domingo (14), em São Januário, pela rodada 36 do Campeonato Brasileiro, o Vasco anexou um pedido de anulação da partida junto à súmula por conta de falhas do VAR. A informação foi publicada pela jornalista Gabriela Moreira, do portal ‘Globo Esporte’ e confirmada posteriormente pelo clube carioca em nota oficial.
No ofício, assinado pelo presidente do clube, Jorge Salgado, é alegado que a falha no funcionamento da câmera que tem como função analisar o lance do primeiro gol do Inter, ainda no 1º tempo, em que houve suspeita de impedimento do volante Rodrigo Dourado, que balançou as redes, “feriu de morte a lisura da partida”
Veja abaixo o ofício anexado pelo Cruz-Maltino junto à súmula:
“De acordo com as normas aplicáveis ao VAR e previstas nas Regras de Futebol 2020/21 da CBF, nos jogos em que o VAR é utilizado pela arbitragem, o “VAR automaticamente deve “checar” as imagens gravadas das câmeras de TV, em todo possível ou real gol, pênalti ou decisão/incidente de cartão vermelho direto, ou em caso de identificação equivocada, utilizando diferentes ângulos de câmeras e velocidades de replay” (p. 151).
No entanto, não foi isso que se viu no jogo Vasco x Internacional, quando o Vasco foi claramente prejudicado – novamente, diga-se de passagem – pelo VAR. Dessa vez, sistema do VAR deixou de funcionar justamente no momento da checagem do gol do Internacional, cujo autor estava claramente em posição de impedimento, como demonstrando por diversos ângulos pelas câmeras de televisão.
Essa inadmissível falha do VAR feriu de morte a lisura da partida, tornando-a anulável. Por isso, requeremos a anulação da partida Vasco x Internacional ocorrida em 14/02/2020, com a consequente remarcação da partida em nova data e com um VAR em pleno funcionamento.”
Segundo os princípios básicos da tecnologia do árbiro de vídeo, “uma partida não será anluada por motivos de mal funcionamento do VAR, nem por decisões incorretas relacionadas ao VAR, ou por uma decisão de não revisar o incidente”.
Na súmula da partida, apitada pelo árbitro Flávio Rodrigues de Souza, não há nada referente ao VAR “descalibrado”. Em certo trecho, inculisve, está escrito que “não houve nada de anormal”.
Após o final da partida, o diretor de futebol do clube, Alexandre Pássaro, afirmou que, antes da bola rolar, fiscais da CBF pediram que uma câmera da Vasco TV fosse desligada para que não se pudesse desmentir qualquer decisão do árbitro de vídeo.
“Nós temos um grande problema nesse campeonato que é o VAR. Isso que aconteceu hoje foi inadmissível. A gente estava no vestiário, na hora que a gente saiu para o jogo, o pessoal da Vasco TV, a gente fica sempre com uma câmera, na lateral, que a gente utiliza para fazer imagens, pegar bastidores, uma coisa comum, sempre esteve ali, com VAR ou sem”, apontou.
Retirado de: ESPN