“Encaminhamos uma proposta do Flamengo. Passamos para ele todos os itens, colocamos alguns pontos em relação ao que o Flamengo e todos os times estão passando. Esperamos um final feliz. Não depende só do Flamengo”.
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Essas foram as palavras do vice de futebol Marcos Braz na apresentação oficial de Bruno Viana ao ser questionado sobre a possibilidade de Rafinha retornar ao Flamengo. Um mês se passou e ainda não teve um desfecho sobre o assunto. Pior: o lateral diz que já aceitou a proposta rubro-negra e que não depende mais dele para assinar o contrato.
“Já aceitei. Agora não é mais comigo”.
Diante deste cenário, o questionamento ‘o que falta para que haja acordo entre Flamengo e Rafinha?’ toma conta das conversas entre os torcedores rubro-negros nas redes sociais. A resposta é simples: orçamento. No bom português: dinheiro. O Departamento de Futebol ainda não recebeu a autorização do Departamento Financeiro (e do presidente Rodolfo Landim) para sacramentar a negociação.
Internamente, como já noticiado pelo jornal ‘O Dia’, o retorno de Rafinha divide opiniões na cúpula rubro-negra. Uma grande parte da diretoria é contra a chegada do lateral-direito por entender que o clube não pode, com a queda de receita por conta da crise global , assumir um custo tão alto que será para ter o experiente jogador novamente no elenco.
O argumento utilizado pelos membros da diretoria que são contra a contratação de Rafinha é que o atual titular da posição, Maurício Isla, já tem um custo altíssimo para os cofres rubro-negros, sendo o jogador da posição mais bem pago no futebol brasileiro. Só de salário na carteira (CLT), o Flamengo desembolsará mais de R$ 7 milhões no ano com o chileno.
O contra-argumento de quem é a favor da chegada de Rafinha é que Mauricio Isla desfalcará o Flamengo em muitos jogos em 2021 por conta de convocações para a seleção chilena. Mas, a justificativa, segundo uma fonte da reportagem, não foi bem aceita porque quando o jogador foi contratado isso já havia sido colocado na balança.
“Todo mundo aqui dentro sabia desde o início que não tínhamos dinheiro para isso. Se alguém alimentou algo diferente é outro problema”, disse um membro da cúpula do Flamengo à reportagem.
Este mesmo dirigente foi questionado se a postura de Rafinha, a dizer que já aceitou a proposta e espera um retorno do Flamengo, incomodava e soava como uma “forçada” ou até mesmo “pressão” para a diretoria rubro-negra. A resposta foi:
“Veja o nosso balanço. A crise afetou demais os clubes aqui. E qual é a perspectiva de retorno de público? Sabe-se lá… Esta realidade foi apresentada em outubro e em janeiro a todos os conselhos do clube. Se alguém falou algo diferente foi por sua conta e risco.”
Embora haja a “divisão” entre os membros da diretoria no que se diz respeito à contratação de Rafinha, quem tem a palavra final é o presidente Rodolfo Landim, que é extremamente cauteloso com o orçamento do clube e não é adepto de ‘loucuras financeiras’.
O cenário é bem parecido com a situação que envolveu a renovação de contrato de Diego Alves. O goleiro chegou a ficar ‘um pé e meio’ fora do Flamengo por conta do entrave financeiro, mas, nos últimos dias de vínculo, Marcos Braz conseguiu reverter e foi peça fundamental na permanência do camisa 1 por mais uma temporada.
A reportagem procurou Marcos Braz para ouvi-lo sobre as recentes declarações de Rafinha, mas o vice de futebol do Flamengo não retornou. Caso haja resposta, a matéria será atualizada com as palavras do dirigente rubro-negro.
Retirado de: O Dia