Rogério Ceni revela seu principal erro no Flamengo

Rogério Ceni durante o clássico entre Flamengo e Botafogo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Em menos de quatro meses de trabalho, Rogério Ceni viveu momentos turbulentos, mas comandou o Flamengo rumo ao título do Brasileirão 2020. Mantido no cargo para a temporada que se inicia, o treinador concedeu entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira e revelou quais foram os maiores acertos no início de trabalho no Rubro-Negro.

— Acho que o principal acerto foi ter aceitado o convite de trabalhar no Flamengo, porque era um clube que eu imaginei um dia poder trabalhar. Dentro de campo, acho que foi o momento que a gente fez a mudança mais drástica, que foi recuar o Arão para a zaga, tentando ter uma saída de jogo melhor. Encaixamos o Diego de primeiro volante, dando muita qualidade e muita posse de bola. Isso fez com que o time criasse muito mais.

No entanto, não foi só de alegrias o trabalho de Rogério Ceni no Flamengo. Com o treinador, o clube foi eliminado precocemente da Copa do Brasil e da Libertadores, além de viver altos e baixos no Brasileirão. Entre os erros cometidos, o treinador elegeu a pressa em iniciar o trabalho no clube e estrear contra o São Paulo, na Copa do Brasil, como o seu principal erro.

— É sempre imputado a mm uma eliminação da Copa do Brasil e eu acho um pouco injusto. Eu poderia muito bem, como eu já vi muitos casos de treinadores que chegam, assistir o jogo lá de cima e pular essa parte. O meu sempre de vencer logicamente era grande, mas eu poderia ter me poupado desse confronto com menos de 24 horas de trabalho.

Outro tema da entrevista foi Hugo Souza, que terminou a temporada como goleiro titular do Flamengo. Apesar da segurança debaixo das traves, o jovem passou a ser questionado pelo jogo com os pés e as falhas cometidas, principalmente na última rodada do Brasileirão, contra o São Paulo. Para Ceni, Hugo tem diversas outras qualidades e está sendo trabalhado para melhorar esse aspecto no jogo.

— É um goleiro jovem e que não tem ainda 30 jogos como profissional. Tem potencial, tamanho, envergadura e velocidade muito alta. Mas é uma constatação que nós temos que fazer com que ele evolua com os pés. Acho que cabe muito a parte do treinamento de goleiros específico para fazer com que ele desenvolva. No trabalho tático, sempre converso com ele e tento introduzir algo de posicionamento e antecipação. Tudo isso a gente vai tentar fazer com que ele evolua e corrija junto com os preparadores de goleiro.

Retirado de: Lance