Credores denunciam inadimplência de possível patrocinador do Flamengo

Miniatura de um avião personalizado pela Itapemirim (Foto: Reprodução/Aeroin)

Na última semana, foi publicada no GaveaNews.com a informação de que o Flamengo poderia estar encaminhando um novo patrocínio para o time. A parceria em questão seria com a Itapemirim, empresa de transportes.

Porém, nesta quarta-feira (31), o presidente da Associação de Ex-Funcionários e Credores do Grupo Itapemirim, Paulo Marcos Adame, entrou em contato com nossa página e encaminhou uma nota rechaçando a possibilidade de a empresa negociar com o Mais Querido.

De acordo com ele, o presidente do Grupo Itapemirim estaria faltando com a verdade em suas declarações sobre os lucros da empresa. Ainda de acordo com a nota emitida, o lucro real da empresa é bem inferior ao informado por Sidnei Piva e o grupo estaria endividado.

O presidente da associação citou também a investigação de falsidade ideológica contra o atual mandante da Itapemirim. Ao contrário do que diz Sidnei Piva, o grupo apresenta diversos pedidos de falência por inadimplência pedida por credores.

Confira a nota enviada pela associação:

“O atual presidente do Grupo Itapemirim, Sidnei Piva, mente. Em primeiro lugar, o faturamento do Grupo Itapemirim em 2020 foi de R$ 176 milhões (fonte: Relatório Mensal do Administrador Judicial do Grupo Itapemirim – 17/03/2021). Ou seja, valor muito inferior aos R$ 400 milhões informados.

A recuperação judicial do Grupo Itapemirim, ao contrário do que diz Piva, além de pagamentos em atraso, apresenta diversos pedidos de falência por inadimplência pedida por credores. A dívida atualizada em 2021 do Grupo Itapemirim é de R$ 255 milhões apenas com credores, e mais de R$ 2,2 bilhões em tributos, inclusive as rescisões e o FGTS dos ex-empregados do grupo.

São vários, também, exigência de destituição do atual presidente, investigado pela Receita Federal por, criminosamente, possuir quatro CPFs e nomes diferentes.

Não é eticamente nem juridicamente concebível que empresas com esse passivo possa cogitar patrocinar o futebol ou qualquer outra atividade, sem antes cumprir suas obrigações legais.

Que os diretores do Flamengo, instituição séria e conhecida em todo mundo, evite mais essa insegurança jurídica e financeira, tanto para o patrocinado, quanto para nós, ex-empregados, muitos com situação financeira agravada pela pandemia.

Paulo Marcos Adame
Presidente
Associação de Ex-funcionários e Credores do Grupo Itapemirim”