Construção de um campo a mais à disposição do time profissional, iluminação para atividades noturnas no Ninho do Urubu, ampliação e modernização de um espaço com grama sintética, divisão dos jogadores em quartos individuais nas viagens, novos protocolos de viagem para evitar aglomerações… O Flamengo versão 2021 promete ser discreto em ações no mercado, mas internamente os investimentos continuam para melhorar o que é tratado pela diretoria como “outro patamar também fora de campo”.
Os oito títulos conquistados em pouco mais de dois anos indicam o sucesso do trabalho, mas também elevam o nível de cobrança por melhorias que reflitam no conforto para que comissão técnica e jogadores possam cada vez mais se preocupar somente no que fazer em campo. Com um elenco recheado de jogadores com experiência no futebol europeu, a exigência parte muitas vezes dos próprios atletas, e o departamento de futebol mantém a guarda alta por medidas visíveis ou não.
Na parte física, o planejamento parar temporada tem três novidades práticas no CT. Com os campos 1 e 2 castigados pela sequência de treinamentos, o Ninho está em fase de acabamento do trabalho de nivelamento do campo 3. O mesmo ficava em um espaço declive e foi elevado para ficar na mesma altura e condição dos outros dois, permitindo uma alternância maior com o intuito de preservar os gramados, que são tratados diariamente por quatro profissionais.
A previsão de conclusão das obras é para julho. Antes, porém, estará à disposição o espaço com grama sintética, que será inaugurado em maio. O local será destinado inicialmente para as categorias de base, com utilização esporádica dos profissionais para se adaptar ao piso para determinadas partidas. O Unión de la Calera, rival da Libertadores, por exemplo, tem gramado artificial em seu estádio.
Por fim, um pedido de Jorge Jesus, enfim, será colocado em prática: a partir de setembro, os refletores estarão instalados no campo 2 para trabalhos noturnos. Medidas que visam tornar cada vez mais completo o ambiente no CT, que internamente já ganhou recentemente espaços de barbearia e sala de jogos totalmente equipadas:
— A estrutura física é muito boa. Quase todos os setores são super bem organizados, não tem muito o que falar. Estamos melhorando os campos a cada dia para que os atletas se queixem cada vez menos de estar um pouco duro. As viagens são muito tranquilas, vamos e voltamos em voos fretados. Não há o que reclamar. Temos tudo para trabalhar – disse Rogério Ceni.
E as viagens citadas pelo treinador seguem um planejamento para que os jogadores se sintam numa extensão do CT. Desde 2019, o Flamengo trabalha exclusivamente com voos fretados e apara arestas para que o processo seja cada vez mais privativo da saída do Ninho até a chegada ao hotel onde ficará hospedado.
A última viagem em voo comercial teve como destino Curitiba, na estreia de Jorge Jesus, em julho de 2019, enquanto desde agosto, em Salvador, que o elenco sequer passa pelo saguão dos aeroportos para evitar aglomerações. A política tem como conceito o padrão trazido pelo português e por jogadores com passagens longas pela Europa.
Já nos hotéis, o isolamento é realizado através de grades na busca pelo equilíbrio entre a proximidade com o torcedor e a privacidade para os atletas. Os corredores de acesso aos prédios são os únicos momentos em que o contato, mesmo que visual, é possível. Dentro das instalações, o protocolo conta com andares isolados e espaços destinados refeições, palestras e atividades sem contato com outros hospedes.
Os protocolos de combate ao Covid-19 levaram para os jogos fora do Rio ainda um padrão de quartos individuais que já existia no Ninho do Urubu e será mantido mesmo após a pandemia:
— Com o nível elevado de nossos atletas, o profissional que não está atento e acompanhando as mudanças, naturalmente vai ficando para trás. Hoje, talvez o maior mérito foi dividir e envolver diretamente no processo pessoas competentes e que colaboram demais na rotina de trabalho.
— Fábio, chefe de segurança, Claudionisio responsável pelos contratos, Clebinho roupeiro, Leo cozinheiro, Marcella em compras, Sr. Leandro diretor do Ninho, Offside empresa de logística e Márcio Supervisor. São alguns dos profissionais responsáveis por fazer com que essa engrenagem continue girando e que nossos atletas e membros da comissão técnica, se preocupem única e exclusivamente com o “campo”. Estamos nos esforçando ao máximo para atendermos as exigências e demandas cada vez maiores de forma cada vez mais eficiente e eficaz – definiu o supervisor Gabriel Skinner, enumerando quem faz parte do processo.
A percepção interna no departamento é de que a medida que se eleva a oferta, a cobrança cresce proporcionalmente. E isso parte dos próprios jogadores. Um episódio pequeno que é tratado como case do tamanho da exigência foi quando houve questionamento pela ausência de um dos suplementos em que os atletas estavam habituados a tomar no percurso do vestiário para o campo.
Mesmo à distância, o presidente Rodolfo Landim monitora as atividades no CT. No início do ano, o mandatário passou uma semana praticamente morando no Ninho para entender os processos num momento de transição com a troca de profissionais e fez parte do trabalho de divisão de tarefas, com remanejamento de profissionais para base e melhora na comunicação direta entre as áreas:
— O modelo de governança escolhido pelo Presidente Landim, é facilitador de todo o processo. Temos um VP forte e atuante, um diretor executivo com ótima relação com a diretoria, um conselho do futebol próximo e preocupado e gerentes responsáveis pelos setores. Nosso Presidente tem total conhecimento dessa engrenagem e sabe determinar rapidamente o que está funcionando ou não – disse Skinner.
Depois de décadas no CT do São Paulo, apontado como referência, e de participar efetivamente do processo de reformulação do Fortaleza, Rogério Ceni vive no Ninho uma realidade quase que exclusiva para o que acontece em campo:
— O Flamengo oferece toda estrutura para trabalhar, ter bons treinos e se concentrar nisso. E é muita coisa. Temos que nos preparar o pós-jogo sobre o jogo passado, o que pode melhorar, o jogo futuro… Nesse calendário apertado, exige muitas horas de trabalho, mesmo tendo tudo em ordem. O Gabriel cuida de tudo nas viagens, o Bruno e o Braz dão apoio em tudo, a própria assessoria nos mantém informado de tudo. A estrutura é muito acima da média.
Neste estruturada “acima da média”, o Flamengo faz nesta segunda-feira sua última atividade visando o confronto com o Unión de la Calera, terça-feira, às 19h15 (de Brasília), no Maracanã, pelo Grupo G da Libertadores. Com a vitória sobre o Vélez na estreia, o time carioca lidera a chave.
Retirado de: Globo Esporte
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Jorge Helal e Bandeira de Melo foram fundamentais para os frutos que o Landim está colhendo hoje.
E o Bandeira já está precisando voltar para folgar as contas novamente.
Se não fosse a droga da politicagem, bem que o Bandeira poderia ser presidente junto com o Landim, um mestre das finanças e organização e o outro um ambicioso.
Admirável, chegamos a um nível onde não há volta, a continuidade
da perfeição deve ser a meta. Isso se traduz em: Títulos, Taças
e Troféus. Parabéns ao CRF.
Padrao internacional.
Tipo hoteis d 10 estrelas.
Que o padrão não caia, é lógico que existe a satisfação dos jogadores de conviver em um ambiente de primeiro mundo! Com todo respeito ao trabalho da atual gestão, tudo isso passa pela gestão competente de EBdeMelo. Saudações Rubro Negra!
Precisamos de no mínimo 6 campos oficiais. Ainda não temos nem metade disso.
Como fazer trabalho de base com apenas 2 campos?
E 3 tambem não resolve.
Reclamar da falta de suplementos no caminho entre vestiário e campo já beira o estrelismo. Com toda essa regalia, os caras têm que ser muito cobrados. Tal estrutura só deve ser disponibilizada por mais 2 ou 3 clubes no Brasil.
Concordo. Jogar mais e exigir menos. Tá gostando não, tem larangeiras, general severiano e são janu, pra serem felizes.
Oto patamar...
Parabéns!!! Para cobrar tem que dar estrutura... Rumo a hegemonia na América do Sul.