O atacante Gabigol, do Flamengo, e seu estafe desistiram do processo que moviam contra a Globo alegando quebra de contrato pelo documentário “Predestinado”, que contava a história da carreira do jogador. A emissora reeditou o programa para mostrar cenas do atacante flagrado em um cassino clandestino em São Paulo durante suas férias, quando o país vivia alta de mortes pela pandemia do covid-19.
A coluna teve acesso ao documento que arquivou o processo, que corria na 4ª Vara Cível da Justiça do Rio de Janeiro. Nele, a juíza Priscila Fernandes Miranda Botelho, que cuidava do caso, afirma: “Considerando que a parte autora manifestou sua desistência ao pedido aqui formulado, julgo extinto o feito sem apreciação do mérito”.
Gabigol e equipe terão de pagar as custas processuais e a taxa judiciária.
Com isso, a briga entre o atacante do Flamengo e a maior emissora do país termina após um mês e meio. A equipe de Gabigol, na época, alegou descumprimento contratual e danos morais à imagem do jogador por mostrar imagens de Gabigol saindo do cassino clandestino com a polícia sem a consulta prévia a sua família e sua assessoria, algo que estava previsto no contrato para a produção. O valor pedido para multa era R$ 2 milhões.
O UOL Esporte teve acesso ao contrato entre Globo e Gabigol para a produção de “Predestinado”. Cláusulas previam aprovação da equipe do jogador e sua família e existia um acordo da TV para que o documentário tivesse caráter de homenagem. A Globo afirmou que a inclusão do material não mudava esse caráter.
A inclusão do assunto foi considerada “traição”, como o próprio pai de Gabigol, Valdemir Barbosa, disse em texto sobre o assunto enviado no mês passado para a coluna. Mesmo com a desistência, a interpretação é que a relação entre Globo e Gabigol continuará ruim.
Procurado pela coluna para falar sobre a desistência do processo, Gabigol e sua assessoria preferiram não comentar sobre o assunto.
Retirado de: UOL