Com gols, assistências e lances de habilidade, Arrascaeta vem tendo um dos melhores inícios de temporada da sua carreira. Peça-chave do Flamengo nos títulos conquistados desde 2019, o meia se tornou ainda mais protagonista e foi destaque na imprensa uruguaia neste domingo. Mas por um outro motivo: o questionamento pelo atleta não conseguir repetir o sucesso com a camisa da seleção nacional.
A matéria do jornal Ovación destaca que Arrascaeta é considerado o ‘melhor camisa 10 no país dos camisas 10’ e é figura importante em uma equipe de primeira linha da América do Sul. A imprensa também recorda o gol marcado pelo meia na vitória do Flamengo sobre o Vélez Sarsfiel, pela Libertadores.
Em busca de respostas, a publicação lembra que a formação do técnico Óscar Tabárez na seleção não favorece a Arrascaeta, uma vez que não gira ao redor de um meia armador. O treinador da Celeste prefere meio-campistas mais versáteis e “batalhadores”, que possam ajudar na recomposição defensiva. Assim, no 4-4-2 utilizado, não há espaço para um meia mais “livre” para atuar atrás da dupla de atacantes.
Além disso, segundo a matéria, o estilo de jogo da seleção uruguaia é pautado na dupla Cavani-Suárez e é muito mais direto que o do Flamengo, que costuma prezar mais pela posse de bola e construções mais pacientes.
Outro fator levantado para explicar a situação de Arrascaeta é a diferença de status no Flamengo e na Celeste. Enquanto no clube rubro-negro, o meia é tratado como peça-chave, na seleção ele não tem o mesmo protagonismo e acaba sendo, às vezes, a primeira opção para ser substituído se o sistema ofensivo não funcionar.
Assim, Arrascaeta sofre com a falta de regularidade na seleção nacional e, consequentemente, surge um outro problema: a falta de confiança, necessária até para os melhores jogadores. Por fim, a matéria ressalta que o meia do Flamengo é um jogador de enorme qualidade e sempre terá contribuições para a Celeste, jogando os 90 minutos ou apenas uma parte dos jogos.
Retirado de: Lance