Mais uma vez, Diego Alves deixou o gol do Flamengo com um problema muscular na coxa. Foi no intervalo da partida contra a LDU. A substituição por Hugo Souza, que no ano passado vivia grande fase, agora se tornou um problema em função da forma de o time atuar, começando a construção das jogadas desde o goleiro.
A preocupação não é apenas pela recuperação do veterano, mas pela falta que ele faz na parte técnica e como liderança da equipe. Para se ter uma ideia, cada um dos goleiros atuou 45 minutos no último jogo. Mas o índice de acerto de passes do camisa 1 é muito maior.
No primeiro tempo, foram 75% de ações corretas na saída de bola. Das 16 participações, em 12 não houve erro. Quando Hugo Souza entrou, o número despencou para 53%. O jovem acertou apenas nove das 17 intervenções e passes.
A seu favor, uma saída do gol com sucesso e três jogadas em que evitou o perigo. Diego Alves, por outro lado, foi menos exigido. Tanto que, quando precisou aumentar a velocidade, claramente dosou. A situação tem se repetido desde o ano passado, quando o goleiro teve o problema pela primeira vez.
Em meio à renovação contratual, o titular ficou um bom tempo sem entrar em campo e não disputou a reta final do Brasileiro. Após um trabalho longo e detalhado, voltou em 2021 como titular indiscutível de Rogério Ceni, mas sofre com a reincidência do incômodo na coxa, e preocupa para a sequência da temporada.
Por outro lado, além da questão técnica, Hugo Souza vive momento turbulento fora de campo. E o Flamengo observa com cuidado o comportamento do atleta, que renovou o contrato recentemente e tem boas chances de ser vendido na próxima janela de transferências.
Retirado de: O Globo