O primeiro Fla-Flu da final do Carioca foi marcado por lições para as duas equipes, com o empate por 1 a 1. No caso rubro-negro, são os vacilos defensivos e ofensivos habituais que complicam jogos. Para os tricolores, é a aposta em um time sem intensidade diante de um rival superior. Não são aprendizados novos, e sim, repetidos, cansativos.
Como era esperado, o Flamengo tomou o jogo em suas mãos logo de cara. Tinha a bola, o campo tricolor e as chances de gol. Sua posse chegava a quase 70%. O Fluminense não jogava, mal respirava, apenas se entrincheirava.
Neste cenário, foi até natural o gol rubro-negro. Egídio errou duas vezes e cometeu um pênalti desnecessário em Gerson com um pisão. Gabigol abriu o placar. Poderia ter aumentado em lance claro de gol, diante de Marcos Felipe. Perdeu com um erro técnico incomum para ele, ainda que a conclusão fosse com a direita.
Mais uma vez, o Flamengo saia de um primeiro tempo em que era plenamente dominante, com seu time titular, com uma vantagem inferior ao que tinha jogado. Sorte do Fluminense que adotara uma estratégia equivocada com um time recuado que não pressionava a saída do rival. Lembrava o último Fla-Flu com titulares das duas equipes, no Brasileiro.
A volta para o segundo tempo não trouxe grandes mudanças. O Flamengo seguiu no comando do jogo e tratou de jogar mais uma chance fora com um Bruno Henrique mais livre, de frente, equilibrado. Botou para fora.
Aí ocorreram dois movimentos simultâneos. Do lado rubro-negro, Rogério Ceni começou a tirar parte de seus titulares até acabar com um ataque de Pedro e Gabigol. Do lado tricolor, Roger abriu mão de seu ataque estático, Fred e Nenê (saiu no intervalo), por Abel e Cazares.
O jogo mudou em seu último terço (aquela expressão que o Tite adora). Foram 20min de um Fluminense que pressionava e se aproveitava das falhas rubro-negras. Enquanto isso, o Flamengo se tornou um time meio disforme, uma linha de defesa e meio longe do seu ataque. Faltava intensidade. O Fluminense empatou em uma bola aérea.
De saldo, os dois times devem ter bem claros os seus erros já que são repetidos com admirável frequência.
Retirado de: Blog do Rodrigo Mattos