O Flamengo começa amanhã (19), contra a LDU-EQU, pela Libertadores, uma importante, e decisiva, sequência de jogos no Maracanã, estádio onde o rendimento vem sendo positivo e que está em meio a uma polêmica nos bastidores do futebol carioca.
A equipe de Rogério Ceni depende apenas de um empate para garantir vaga nas oitavas de final da competição continental com uma rodada de antecedência. Mais que isso, uma vitória assegura a primeira colocação do Grupo G — que conta ainda, além da LDU, com Vélez Sarsfield-ARG, e Unión La Calera-CHI.
Depois deste compromisso, o Rubro-Negro tem o segundo jogo da final do Campeonato Carioca, contra o Fluminense, o duelo com o Vélez, pela Libertadores, e a estreia no Brasileiro, contra o Palmeiras, adversário com o qual vem rivalizando nacionalmente nos últimos anos.
Integrantes do elenco do Fla já lamentaram, em algumas oportunidades, a ausência de torcida devido aos cuidados pela crise mundial. Por outro lado, o retrospecto no estádio ainda é positivo. Em 40 jogos sem público até aqui, foram 26 vitórias, 7 empates e 7 derrotas.
— Quero dizer que pra nós tem sido muito difícil, jamais usamos isso como desculpa, pois aprendemos a usar isso. Mas dá muita saudade do ambiente que só o torcedor do Flamengo é capaz de proporcionar. Basta ver a quantidade de recordes que eles quebraram quando estava tudo liberado. Mas estaremos representando dentro de campo. Sempre que possível, eles demonstram o amor deles. Que tudo volte ao normal, mas até lá estaremos aqui lutando pelos objetivos, disse Diego, em coletiva concedida no início do mês passado.
Recentemente, Zico, maior ídolo do clube da Gávea, chegou a afirmar que, caso tivesse torcida, o “ano de 2020 seria diferente para o Flamengo”. De fato, o time teve alguns resultados que pesaram negativamente, como nas quartas de final da Copa do Brasil do ano passado, contra o São Paulo, mas, de uma forma geral, vem conseguindo aproveitar o fator casa.
Antes “vilão”, o gramado do Maracanã, inclusive, teve melhoras e se tornou aliado à equipe. Em um passado nem tão distante, a diretoria chegou, publicamente, a fazer críticas — o vice-presidente de futebol Marcos Braz já disse ser o “pior gramado do Brasil” —, e demonstrar preocupação quanto às perdas técnicas que estavam sendo acarretadas. Agora, porém, o assunto não circula nos bastidores.
Sequência terá pausa?
O Maracanã está envolvido em uma polêmica nos bastidores do futebol carioca e pode, até mesmo, não ser o palco da final do Estadual. Ontem à noite (17), a Ferj publicou nota indicando a possibilidade de o jogo ser fora do Rio. Segundo o UOL Esporte apurou, esta chance causou incômodo no Fluminense, que vê pontos no regulamento da competição que impede esta alteração. No lado do Flamengo não há discordância e aguarda-se os próximos passos.
O tema central neste debate é a presença de público, algo a que o Rubro-Negro se mostra favorável e o Tricolor não. No último sábado, a Ferj liberou 300 convites para o primeiro jogo da final — 148 foram utilizados. O lado do Fla ficou visivelmente cheio, enquanto o Flu teve, segundo o UOL apurou, teve oito pessoas, sendo seis da diretoria. O clube alega que eles foram convidados diretamente pela federação.
No decorrer da partida, houve desrespeito às medidas sanitárias em meio à pandemia, como distanciamento social e o uso de máscaras. A administração do Maracanã, inclusive, será multada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, que considerou a infração como “gravíssima”.
A presença de torcida na final do Carioca e também na decisão da Taça Rio foi debatida ao longo da semana, após a Ferj publicar um documento que indicava tal possibilidade. O Rubro-Negro se mostrou favorável, enquanto o Fluminense foi contra. Botafogo e Vasco também fizeram oposição e, desta forma, ficou firmado que, na Taça Rio, não haveria esta hipótese — o primeiro jogo foi domingo (16), no Nilton Santos, e a volta será em São Januário.
Retirado de: UOL