Relação “intensa” de Gabigol e Ceni no Flamengo já rendeu carinho e tensão

Ceni orienta Gabigol durante o jogo contra a LDU pela Copa Libertadores de 2021 (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Duas personalidades fortes e vitoriosas, que tiveram suas vidas cruzadas no futebol por meio do “galático” time do Flamengo. Após mais de seis meses de trabalho no comando do Rubro-Negro, o técnico Rogério Ceni vive uma relação intensa com Gabigol, com momentos de tensão, mas também de carinho e respeito.

Desde que chegou ao clube da Gávea, o treinador, por algumas vezes, precisou enfrentar a insatisfação do camisa 9 quando optou por substituir o atacante, algo que aconteceu com certa frequência principalmente no início de Ceni no Fla.

Em muitos destes momentos, o atrito foi público, com discussões ainda à beira do campo e algumas atitudes rebeldes de Gabigol, como quando foi substituído no intervalo do jogo contra a LDU (EQU), pela Libertadores, e ficou um longo tempo no vestiário durante o jogo.

No entanto, em ocasiões de “paz” e ambiente mais leve, o jogador chegou até mesmo a brincar com a situação, como quando foi substituído no início do mês, na vitória por 4 a 1 sobre o Volta Redonda, que classificou a equipe para a final do Campeonato Carioca. Ele fingiu estar zangando, gesticulando em tom de “reclamação”. Logo em seguida, o artilheiro deu um abraço apertado no treinador.

Já no último sábado (22), no gol de João Gomes que selou a vitória do Flamengo por 3 a 1 sobre o Fluminense e sacramentou o título estadual, Gabigol atirou água gelada em Ceni novamente em tom de brincadeira.

Após a conquista, Ceni fez questão de rasgar elogios ao atacante e falou um pouco sobre essa relação intensa com o camisa 9, fazendo até uma mea-culpa.

“O Flamengo tem seu ídolo maior e indiscutível, que é o Zico, mas ele [Gabigol], como personagem, como artilheiro, tem uma simpatia muito grande do torcedor. É garoto, consegue ser feliz, alegre, extravasar, que é o que o torcedor gosta. É um menino extrovertido, que não gosta de ser substituído. Às vezes reclama, mas no dia seguinte está tudo bem. Eu era chato como jogador, sei como é, temos que ter paciência, e depois começa, trabalha tudo de novo e vai para a próxima”.

Retirado de: UOL