Rodrigo Muniz, do Flamengo, recusa proposta salarial e trava negociação

Rodrigo Muniz durante o clássico entre Flamengo e Botafogo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

A negociação do Genk, da Bélgica, com o Flamengo por Rodrigo Muniz esbarrou em mais um obstáculo nesta quarta-feira: o acordo salarial. O time belga, depois de chegar a um denominador comum com o Rubro-Negro para comprar o jovem, apresentou os números dos vencimentos mensais aos empresários do atacante, que conversou com o jogador e a sua família. Depois de analisarem, eles decidiram não aceitar neste momento a oferta.

Os números da proposta salarial a Rodrigo Muniz, por questão de cláusula, não foram revelados à reportagem, mas a informação que o portal obteve é que a oferta foi de “apenas” 25% do que o estafe do jogador acha justo para a transferência ser concluída.

A expectativa é que o Genk aumente o montante. Uma das fontes da reportagem alegou que o time belga soube que Rodrigo Muniz ainda tem salário “patamar Sub-20” no Flamengo, girando em torno de R$ 20 mil, o que fez os belgas ofertarem valores baixos para o padrão do Campeonato Belga.

Entenda a negociação

Há cerca de 25 dias, o Genk, através de um intermediário brasileiro, realizou a primeira proposta oficial ao Flamengo para ter Rodrigo Muniz. De lá para cá, o time belga fez quatro propostas. A última, que foi aceita pelo Rubro-Negro, foi com os seguintes números: 2,5 milhões de euros à vista + 1,5 milhões de euros + duas parcelas de 500 mil euros por metas em contrato. Ou seja, a operação total pode render 5 milhões de euros, 33 milhões de reais na cotação atual.

Como o Flamengo é dono de 50% dos direitos econômicos de Rodrigo Muniz e o Desportivo Brasil possui o restante, a diretoria rubro-negra precisou negociar com o clube paulista uma divisão dos direitos econômicos. Após dias de conversa, as partes acertaram o seguinte:

  • Flamengo ficaria com 70% do valor da venda (R$ 23,1 milhões);
    • O Flamengo teria direito a 20% de “mais valia” em uma futura venda de Rodrigo Muniz;
  • Desportivo Brasil ficaria com 30% do montante da operação (R$ 9,9 milhões);

Com o acordo alinhavado entre Flamengo e Desportivo Brasil, o Genk, enfim, realizou a proposta salarial ao jogador, que não aceitou. O atacante e a sua família entendem que o projeto do time belga é muito bom para o futuro dele, principalmente pela projeção que pode ter no futuro, caso tenha sucesso no campo e seja vendido para um campeonato ainda com mais visibilidade na Europa, mas têm noção que o salário precisa ser melhorado.

Então, Rodrigo Muniz não descarta uma ida ao Genk, mas vai aguardar uma nova proposta para avaliar se aceita ou não o projeto do time belga, que é de contrato com cinco temporadas. Em contato com o jornal O Dia, Dimitri De Condé, dirigente da equipe europeia, confirmou as negociações pelo atacante do Flamengo, mas não quis dar mais detalhes.

Enquanto isso, Rodrigo Muniz segue a rotina de treinamentos no Flamengo e deve ficar no banco de reservas no jogo contra o Vélez nesta quinta-feira, às 21h, no Maracanã, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores.

Retirado de: O Dia