Depois de uma longa novela para sacramentar a venda ao Olympique de Marselha, da França, por R$ 154 milhões, Gerson fez na noite desta quarta-feira seu último jogo com a camisa do Flamengo. Com direito a grande atuação do camisa 8, o time carioca não teve vida fácil, mas venceu o Fortaleza, por 2 a 1, no Maracanã, em duelo válido pela sexta rodada do Brasileirão.
Após o apito final, todos os jogadores foram abraçar o meio-campista. Além disso, todos os telões do Maracanã exibiram uma mensagem de ‘obrigado’ em homenagem ao volante. Nitidamente emocionado com o momento, Gerson, em lágrimas e com a voz trêmula, falou sobre essa dura despedida.
— A gente nunca pensa em se despedir. Uma das coisas mais difíceis que tem no mundo é se despedir de pessoas, de coisas que tu ama. Quando se despede de um amigo, de um familiar. Imagina se despedir do clube que quando você era criança sempre torceu, chorou na derrota, sorriu na vitória, e um dia tem a oportunidade de vestir a camisa. Imagina o que é ter que se despedir, o que passa pela cabeça.
Gerson viaja no próximo sábado para cumprir quarentena de 15 dias na França, antes de fazer exames médicos e ser apresentado no Olympique de Marselha. Na sequência, ele se apresenta para a seleção brasileira que irá disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio em julho.
Ele também relembrou tudo o que passou nesses dois anos de Flamengo, com o qual conquistou oito títulos. Diz sair com o sentimento de dever cumprido.
— Sempre tive o sonho de jogar no Maracanã. Ver o telão me agradecendo, o time do meu coração me agradecendo…Na minha cabeça, pouca coisa, mas para milhares de torcedores é muito grande. Fiquei aqui pouco tempo. Só tenho que agradecer tudo que vivi. Agradecer meus companheiros, meu staff, a assessoria. No Flamengo, você não vai só trabalhar, é uma família. Então, se despedir é difícil, deixar pessoas que você convive e ama.
Antes de entrar nos vestiários, Gerson reconheceu que a mudança para o futebol francês é um desafio para sua carreira. Contou que significa um grande contrato, mas ressaltou que nesta transação “acima e tudo também estou ajudando o Flamengo”.
A noite também foi especial para Bruno Henrique, que fez uma bela atuação no primeiro tempo e marcou os dois gols da vitória. O camisa 27 explicou o que foi pedido pelo técnico Rogério Ceni:
— Em todos os jogos a gente sempre marcou pressão e a gente sabe se a gente roubar a bola no meio-campo a chance de chegar com perigo no gol adversário é maior. Conseguimos neutralizá-los e graças a Deus consegui ajudar a equipe com dois gols. Estou feliz.
Com o resultado, o Flamengo, que fez apenas quatro jogos neste Brasileirão, venceu as duas primeiras, mas na rodada passada foi superado pelo Red Bull Bragantino, conseguiu se reabilitar e agora aparece na sétima colocação com nove pontos. O time volta a campo no próximo domingo, quando visita o Juventude, no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS), às 11h.
Retirado de: Super Esportes
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Muito perceptível pelo comentário que foi uma saída forçada e ele só aceitou pq o clube iria receber uma boa quantia. Espero que volte em no máximo 5 anos, precisamos de mais jogadores assim!
Porra Cristian, falou tudo. Claro que o Flamengo também contribuiu para tal.
Eu, sinceramente, teria feito de outra forma. Não venderia ele agora por dois motivos.
Valor muito baixo para um jogador como ele e também não ter um substituto com a mesma forma de jogar.
O Filipe Luís falou isso na entrevista.
Grande sucesso ao grande Gérson!
Obrigadooo!!!