CBF tentou padronizar números de camisas da Série A antes da Liga

Sede da CBF no Rio de Janeiro (Foto: Cahê Mota/Globo Esporte)

A CBF apresentou um projeto aos clubes da Série A para padronizar os números das suas camisas. Inspirada em ligas europeias, a ideia foi apresentada antes de as agremiações decidirem formar uma liga. Houve algumas resistências e até agora não emplacou o projeto em larga escala.

Ligas europeias têm uma identidade visual por meio da numeração padrão dos clubes. Uma só empresa faz os números, licencia e explora comercialmente, revertendo uma parte da renda para as próprias agremiações. Como são sócios das ligas, os próprios clubes decidem sobre o negócio.

No Brasil, uma empresa apresentou a ideia à CBF que apresentou para os clubes em uma reunião. Houve resistência de parte dos dirigentes e não houve adesão em massa como se observa nos uniformes exibidos no Brasileiro.

Os argumentos desses clubes são de que têm compromissos com seus fornecedores de identidade visual específica. Além disso, entendem que não faz sentido impor um só fornecedor de número para todas as agremiações da Série A. Outra questão apontada é que o Brasileiro controlado pela CBF não é uma liga que negocia seus ativos em conjunto.

Alguns clubes, no entanto, toparam adotar os números padrão da CBF.

A CBF explicou que a intenção é criar uma possibilidade de economia e de renda para os clubes. Isso porque alguns pagam para a inclusão desses números em suas camisas, o que passaria a ser fornecido de graça. Além disso, haveria um licenciamento que permitiria a venda desses números para torcedores gerando renda para os clubes.

O projeto é piloto e, portanto, não é obrigatório. A intenção da CBF era avançar na ideia e depois discutir no Conselho Técnico da Série A a inclusão dos números padrão no regulamento.

A questão é que, depois disso, os clubes optaram pela formação de uma Liga para passar a organizar o Brasileiro. A ideia é que isso ocorra já em 2022. Ou seja, neste contexto, passaria a não fazer sentido a ideia de a CBF tentar padronizar números do campeonato se as agremiações querem desenvolver todos os seus ativos econômicos por conta própria.

Retirado de: UOL