Nome mais falado por torcedores e comentaristas esportivos para suceder Rogério Ceni no Flamengo, Renato Gaúcho está no Rio, entre um mergulho na praia e um chope, no aguardo da definição sobre o futuro do atual treinador rubro-negro.
O ex-jogador do Flamengo não esconde o sonho de treinar o clube e, segundo a reportagem apurou, um dos impeditivos, a questão financeira, não seria problema para Renato. O técnico aceitaria reduzir o salário que ganhava no Grêmio para comandar o Flamengo. Prova disso que esse não foi o fator que o levou a recusar o Corinthians. Na ocasião, a família do técnico pediu que ele ficasse mais tempo no Rio.
Hoje, Rogério Ceni custa menos de R$ 500 mil, metade do que Renato recebia no clube gaúcho, onde foi ídolo como técnico e jogador. Mas a mesma resistência que tem no Grêmio é vista em parte no Flamengo quando seu nome é levado aos dirigentes.
O problema apontado, além de financeiro, é de perfil. Não apenas em relação às questões técnicas, como principalmente na postura centralizadora. No Grêmio, Renato apitava do departamento médico às contratações. Mas a justificativa era que a diretoria do clube não tinha experiência de futebol e via no ídolo uma referência.
No Flamengo, a estrutura permite menos ainda que o treinador tenha carta branca. Tanto a cúpula do futebol como o departamento financeiro entendem que Renato precisaria se adequar à filosofia. Por isso o nome não tem ganhado a mesma força que nas redes sociais.
No entanto, há no Flamengo quem acredite que se os limites forem expostos antes de uma contratação, os riscos são minimizados numa eventual escolha por Renato. Mas é justamente isso que os responsáveis pelo futebol deixaram de fazer ao trazerem os últimos treinadores.
Fora isso, há resistência direta de alguns dirigentes de outras áreas, que na gestão Rodolfo Landim já bateram o pé para que Renato não fosse contratado em 2018, e deram preferência a Abel Braga. Na ocasião, o Flamengo fez proposta ao agente de Renato, mas o Grêmio cobriu os valores, o que irritou a diretoria rubro-negra.
Retirado de: O Globo