De cara nova no comando, o Flamengo de Renato Gaúcho encara hoje (14) o Defensa y Justicia (ARG), às 21h30, no Estádio Norberto Tomaghello, em jogo válido pelas oitavas de final da Libertadores.
Do outro lado, os rubro-negros encaram os atuais campeões da Copa Sul-Americana e da Recopa, e reencontram uma figura de lembranças desagradáveis para os rubro-negros. Hoje no pequeno clube da província de Florencio Varela, Sebastián Beccacece era o técnico do Racing que eliminou o Fla na edição de 2020, abreviando de forma precoce o sonho do tricampeonato continental.
Na ocasião, os portenhos levaram a melhor na mesma fase do torneio, resultado que colocou enorme pressão sob o recém-chegado Rogério Ceni. O ex-rubro-negro, que já tinha caído para o São Paulo na Copa do Brasil, viu a temperatura subir depois do novo revés e só conseguiu ter um pouquinho de paz após o time engrenar e partir para a conquista do Brasileiro.
Outros personagens centrais daquela eliminação nos pênaltis (após dois empates por 1 a 1), Willian Arão e Rodrigo Caio não poderão tentar dar o troco sobre o treinador argentino. Suspenso, o volante está fora. Com dores na panturrilha, o zagueiro também será baixa. Os percalços rubro-negros, no entanto, não iludem Beccacece. Ao portal do “Olé”, ele rasgou elogios ao rival e passou a pressão para o lado dos cariocas.
“Vamos jogar contra o time mais poderoso da América do Sul. Foram campeões na penúltima edição e ganharam o Brasileiro. Agora, vão ter altos e baixos porque cinco ou seis jogadores estavam com as seleções. É um desafio difícil, mas lindo. Vamos enfrentá-lo com a mentalidade de que é possível. A união coletiva esconde a diferença que pode haver no futebol ou nos clubes. Com essa união, o futebol equivale a tudo para competir”, disse ele.
Para o duelo desta noite, Renato Gaúcho também não poderá contar com os lesionados Bruno Henrique e Diego, embora festeje a volta de Gabigol. O técnico argentino, por sua vez, minimiza os desfalques do Fla e reforça o discurso de superação para seguir na briga.
“Vamos nos agarrar ao sonho, àquela possibilidade de jogar primeiro em casa e depois naquele mítico Maracanã, que sediou a final da Copa América. Vamos lutar, pois realmente tenho um grupo de jogadores valentes que ousaram ser protagonistas. Com respeito e humildade, temos a convicção de que vamos lutar contra qualquer rival de plantão”, completou ele.
Com apenas algumas horas no novo clube, Renato terá de superar as ausências e o prazo curto de trabalho para mandar a campo uma equipe competitiva. Após a eliminação do ano passado, a Libertadores voltou a ser tema cada vez mais importante na Gávea. Para seguir vivo pelo troféu, o Fla terá de tornar um velho algoz em vítima.
Retirado de: UOL