O Flamengo divulgou, no início da semana, o balanço financeiro do primeiro semestre de 2021. O Rubro-Negro fechou os primeiros seis meses do ano com déficit de R$ 116 mil, mas manteve R$ 33 milhões de caixa. O especialista em finanças dos clubes, Rodrigo Capelo, jornalista do ‘Ge.com’, analisou o documento do Mais Querido e teceu elogios.
— A qualidade do detalhamento, a transparência nos dados e a agilidade na publicação são incríveis. O resultado líquido está praticamente no “zero a zero” entre janeiro e junho, com receitas e custos um pouco maiores do que no mesmo período do ano anterior, começou Capelo.
Nesse período, algumas dívidas foram reduzidas: fornecedores, direitos de jogadores adquiridos (no curto prazo) e empréstimos (no curto prazo). Mas houve aumentos relevantes em salários (por causa da premiação ao elenco pelo título do BR) e direitos de jogadores (no longo prazo).
No endividamento, a evolução é a seguinte:
• R$ 721 milhões em dez/20
• R$ 757 milhões em mar/21
• R$ 752 milhões em jun/21
Considerando apenas o curto prazo (a pagar em menos de um ano):
• R$ 295 milhões em dez/20
• R$ 251 milhões em mar/21
• R$ 275 milhões em jun/21
No quesito transferência de atletas, no balanço de 2020, o clube arrecadou R$ 144 milhões, enquanto que neste ano, o valor é de R$ 53 milhões, isto porque um valor por Pablo Marí entrou na conta de 2021 pelo bônus por partidas realizadas no Arsenal. No total, o Flamengo tem dívida de R$ 752 milhões. Rodrigo destacou a importância da negociação de atletas como Gerson.
— É por isso, torcedor, que foi necessário vender Gerson e Muniz. Com os valores proporcionados pelas vendas deles, é provável que a situação dê uma melhorada no 3º trimestre. Tem muita dívida? Tem. Crise? Não parece. O Flamengo continua se equilibrando, apesar das dificuldades, encerrou o especialista.