Há duas semanas, o vice de futebol Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel embarcaram para Lisboa carregando na bagagem a esperança por reforços para o Flamengo. Passado esse tempo, a dupla segue no giro europeu e encara as dificuldades para concretizar negociações.
O pouso inicial foi em Lisboa e, de forma remota, a dupla intensificou os esforços por Thiago Mendes, do Lyon, e Kenedy, do Chelsea. As transações com franceses e ingleses, consideradas complicadas desde o começo, reforçaram a impressão inicial.
Sem grana para gastar, o Fla tenta convencer os clubes de que não há projeto esportivo melhor do que o do Rubro-Negro, que acena com a vitrine que a disputa de todas as competições pode representar para os atletas.
Lyon e Chelsea até foram seduzidos pela tese flamenguista, mas o dinheiro fala mais alto. Enquanto a janela está aberta, os dois clubes buscam alternativas que representem grana na mão.
Sem tanto poder de fogo, os cariocas tentam a cessão gratuita e uma opção de compra futura, alternativa que não enche os olhos de quem está do outro lado da mesa da negociação.
O Fla foi até Lyon para intensificar as conversas e o papo ficou travado por conta destas condições. O Rubro-Negro perdeu esse primeiro round, mas entende que a guerra não está perdida. Agora, a tática é sair um pouco de cena e aguardar o desenrolar dos fatos.
Negócios feitos
Apesar desses entraves, a viagem já rendeu frutos econômicos ao Fla. Após uma intensa disputa que envolveu Fulham (ING) e Middlesbrough (ING), o clube ficou muito perto de negociar Rodrigo Muniz com os londrinos.
Segundo pessoas envolvidas na transação, o negócio está fechado e restam apenas as questões burocráticas para que o anúncio seja efetuado.
O Fla irá manter um percentual do centroavante e vai embolsar pouco menos de R$ 50 milhões pela negociação. Na Europa, a dupla de dirigentes também tomou conhecimento da ida do colante Jean Lucas para o Monaco. Como tinha uma fatia estipulada em caso de venda futura, o clube vai faturar outros R$ 14,7 milhões.
Retirado de: UOL