Com as quedas nas receitas impostas pela pandemia e sem “mecenas”, o Flamengo mostrou esperteza, se reinventou com pouco e aqueceu o mercado, do jeito que a diretoria gosta: trazendo atletas da Europa.
Nos últimos anos, o Rubro-Negro gostava de ir às compras. Assim, trouxe nomes como Everton Ribeiro, Gabigol, Pedro, Arrascaeta, Gerson e Rodrigo Caio. Agora, a ordem é trazer por empréstimo, com baixo ou nenhum custo. Para isso, é necessário o poder de persuasão. Desta maneira, a diretoria fechou as contratações de Kenedy, Andreas Pereira e lá no início do ano, Bruno Viana. Do trio, apenas o primeiro onerou os cofres do clube, cerca de R$ 3 mi.
Para bancar esses salários, além do restante das “estrelas”, a saída foi vender algumas promessas da base. Só em 2021, Lincoln, Yuri César, Rodrigo Muniz e Natan foram vendidos. Este último, foi para o RB Bragantino por empréstimo. Houve ainda a grande venda de Gerson, que serviu para pagar as últimas parcelas das compras feitas antes da pandemia.
Com o retorno gradual dos públicos aos estádios, a tendência é que o Flamengo volte a ser comprador em 2022. Por ora, a estratégia é essa: vender para arrecadar e contratar por empréstimo, mas sempre com opção de compra, afinal, nunca se sabe como estarão os cofres daqui a um tempo.
Cabe mais?
Inicialmente, o Flamengo não tinha interesse de trazer mais zagueiros. No momento, o elenco conta com Rodrigo Caio, Bruno Viana, Léo Pereira, Gustavo Henrique, além de Noga, que fica no banco em algumas oportunidades. Publicamente, ela não assume, mas a diretoria hoje já pensa em reforçar o setor, do mesmo jeito: empréstimo com opção de compra ou trazendo algum atleta sem clube, como fez com Isla, por exemplo.
A mudança de pensamento passa pelas atuações irregulares de Bruno e dos constantes problemas físicos de Rodrigo Caio. Com “gelo no sangue”, como diz Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo, o Rubro-Negro quer definir alvos em breve.
Retirado de: Jogada 10