Diego Ribas: “A torcida faz parte do espetáculo e é fundamental para nós”

Diego Ribas em ação pelo Flamengo durante a partida contra o ABC pela Copa do Brasil da temporada de 2021 (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Diego Ribas participou na tarde desta segunda-feira do programa ‘Craque da Semana’, com a ‘Fla TV’. Foi uma resenha bem descontraída com o capitão do Mengão. O camisa 10 falou sobre a Libertadores, contou sobre a alegria em rever a Nação Rubro-Negra, analisou lances específicos, fez um panorama sobre seu atual momento no Flamengo e disse suas expectativas para os próximos jogos.

Libertadores

— Que seja cada vez mais normal. Nossa equipe chegar bem, de uma maneira convincente. Foi o que aconteceu. Um jogo difícil, como é sempre na Libertadores. Jogos decisivos, principalmente nessa etapa que vai se afunilando e estamos próximos da final. Nós enfrentamos muitas dificuldades, mas a equipe vem reagindo muito bem. Um ambiente diferente, uma grama mais alta, seca, dificulta um pouco nossa posse de bola, troca de passes que nós gostamos de fazer, mas soubemos ser muito efetivos nesse jogo. Ambiente muito bom. A torcida faz parte do espetáculo e é fundamental para nós.

Atmosfera de Brasília

— Nos sentimos em casa. Com certeza o ambiente todo é muito favorável. Recepção sempre muito calorosa e as condições excelentes, desde o hotel, estádio, a logística também muito boa. O hotel fica muito próximo do estádio. Então, realmente nós estamos muito satisfeitos de ter essa segunda casa e o aproveitamento também acaba falando por si só e que a gente continue assim, retribuindo todo o carinho que o pessoal de Brasília sempre nos dá.

Nova posição

— Procuro fazer essa ligação entre a defesa e o ataque. Eu que já fui meia na maior parte da minha carreira e eu sempre gostei que a bola chegasse redonda ali para que eu pudesse receber em condições. Então, é o que eu procuro fazer hoje para o time, para os nossos meias, dando boas opções e fazendo a bola chegar na frente com qualidade e naturalmente vou pegar muitas vezes na bola e o importante é não só pegar na bola mas também transformar esses contatos em qualidade para o time e é o que eu tenho procurado fazer e defensivamente cada vez mais preparado, evoluindo, aprendendo, desenvolvendo, mas nesse momento me sinto muita a vontade nessa posição e devo agradecer aos meus companheiros que estão sempre me ajudando muito.

Futuro como treinador

— É uma possibilidade. Eu admiro muito a parte da tática, da gestão, mas hoje no momento é uma possibilidade. Não é uma certeza porque, durante toda a minha vida, estou completando 20 anos como profissional. É uma dedicação e um empenho muito grande, tanto da parte física como mental. Então eu acredito que, depois que eu parar de jogar futebol, eu vou ter a certeza dessa sensação se eu vou precisar desses estresse saudável, desse caldeirão de emoções que é o futebol ou se eu vou palestrar, vou lançar meu livro que está no forno. Então, de alguma forma, o fato é que eu quero contribuir com tudo que eu aprendi repassando essa experiência para as pessoas e compartilhando tudo isso. Meu pensamento é esse nesse momento. Vou sempre estudar. Eu adoro aprender e ir evoluindo.

Copa do Brasil

— Além dos outros campeonatos, é verdade que a Copa do Brasil e o Mundial continua sendo os nossos sonhos e nós vamos em busca desse sonho. Fazer por merecer. Com certeza temos um jogo difícil, o Grêmio é uma equipe que merece o nosso respeito e obviamente, vamos fazer o nosso jogo. Vamos lá com a intenção de vencer e demonstrar mais uma vez todo o nosso potencial como equipe. Mas, esperamos um jogo difícil e vamos nos preparar para isso.

Jogo contra o Santos no sábado 

— Retornar a Vila Belmiro é sempre muito especial. Eu tenho um carinho e um respeito muito grande pelo Santos. Um jogo difícil. O Santos joga muito bem na Vila Belmiro. Muito competitivo. Então, nós temos que nos preparar e nós vamos nos preparar para esse tipo de jogo e ir em busca da vitória e confiamos que podemos conseguir.

Desgaste físico com a maratona de jogos

— Eu sou muito a favor de pensar no próximo jogo. Nós temos que estar focados totalmente para poder render o 100% e ir solucionando conforme os problemas forem aparecendo. Acredito que não adianta fazer um jogo preocupado com o próximo, isso vai tirar sua concentração, seu foco e a entrega. Temos um grupo fantástico de jogadores. Então, a cada jogo, é ver as melhores opções técnicas, físicas, para que a gente mantenha sempre o alto nível.

Saudade dos filhos

— Temos feito muitas viagens. Agora, por exemplo, vamos para Porto Alegre terça-feira e só voltamos para casa no domingo de madrugada, porque vamos direto para Santos. Enfim, é realmente exigente, mas, ao mesmo tempo é um privilégio. Estar aqui no Flamengo hoje, com as condições que nós temos, temos que desfrutar de tudo isso e sabendo lidar com a saudade. Eu chego em casa e vou direto para o quarto da Letícia, dos meus filhos, dou um cheiro, fico com eles e sei que é minha profissão, é o momento da minha vida. Sou muito grato por isso. Nos momentos que estamos juntos, procuramos aproveitar da melhor forma.

Retirado de: Diário do Fla