Pedro vive, possivelmente, o momento mais inconsistente da carreira. Pelo menos é o que apontam os números. Segundo o site “oGol”, o atacante passa pela maior sequência de jogos sem balançar as redes na carreira. Depois de entrar em campo no empate do Flamengo com o Ceará por 1 a 1, no Castelão, no último domingo, em partida válida pela 17ª rodada do Brasileirão, o atacante chegou à oitava partida seguida sem balançar as redes.
Conforme informou primeiramente o site “oGol”, o maior jejum de gols de Pedro havia sido em 2017, quando ainda defendia o Fluminense. Naquela época, o centroavante passou em branco em sete partidas, entre o mês de abril e junho daquele ano.
Por outro lado, vale ressaltar que, nesse período, Pedro foi titular em apenas duas oportunidades. Além disso, ele entrou no decorrer da partida – isto é, saiu do banco de reservas – seis vezes. Dessa forma, o site “oGol” mostra que ele está a 294 minutos sem marcar gols, o que daria um pouco mais de três jogos completos.
O momento é bem diferente do que Pedro viveu no começo da temporada. No Campeonato Carioca, o atacante marcou seis gols e contribuiu com duas assistências nos oito confrontos que disputou. Dessa forma, fica evidente que ele teve uma média de 0,75 gol por partida. Além disso, o centroavante participou diretamente de um gol por jogo em média.
Problemas?
Em entrevista coletiva concedida ao fim do empate com o Ceará, o técnico Renato Gaúcho foi questionado se havia alguma interferência da diretoria para não utilizar tanto Pedro. Renato rechaçou essa possibilidade e revelou que conversa “quase que diariamente o com o atacante”. Em uma longa fala, o treinador explicou por que nem sempre Pedro e Gabigol poderão jogar juntos e destacou ainda que o camisa 21 estará na Copa do Mundo de 2026.
“Tenho conversado quase que diariamente com o Pedro. Falei outro dia que tive uma conversa muito boa com ele. Falei que é um jogador que tem muitas qualidades e é um jogador novo. Futuramente, ele vai estar na Seleção Brasileira, sem dúvida alguma. Só que hoje ele também joga numa posição que tem o Gabigol, e eu sempre falo para o meu grupo, hoje em dia é até difícil você escalar o time do Flamengo, pela qualidade de jogadores. E, infelizmente, só podem jogar 11. Ele joga numa posição que tem o Gabriel, comigo ele jogou praticamente todos os jogos: ou saiu de cara ou entrou durante a partida”, disse.
“Tentei colocá-lo várias vezes, inclusive, com o Gabriel em alguns jogos. Mas tem jogos e jogos para que os dois possam jogar juntos, porque, com os dois, nenhum dos dois têm característica de voltar e a equipe fica muito exposta. Então, dependendo do que a gente precise no jogo, os dois podem estar juntos. Não na partida de hoje, que era uma partida difícil, uma partida que o Ceará nos atacou bastante. O Pedro é testemunha que eu praticamente converso com ele duas, três vezes por semana. Já dei vários conselhos para ele. É um jogado que, sem dúvida alguma, vai ser o atacante da próxima, não dessa Copa do Mundo, mas na próxima ele com certeza vai estar relacionado”, completou.
Quem também rechaçou essa possibilidade foi Marcos Baz, vice-presidente do Flamengo. Em entrevista coletiva realizada na última segunda-feira, o dirigente frisou que “as coisas” não são tratadas desta maneira dentro do clube.
“Eu jamais iria me propor a estar em uma situação de ter pedido da diretoria a fazer alguma coisa com o Pedro. Não tratamos as coisas assim. Quando precisa tomar atitude com qualquer jogador, não precisamos de intermediário”, disse.
Retirado de: UOL