Nesta semana completa um mês que o Flamengo venceu o Olimpia por 4 a 1, no Paraguai, e que atletas rubro-negros foram vítimas de injúria racial. A Conmebol abriu um procedimento disciplinar, mas até o momento não houve uma conclusão do caso. A diretoria do rubro-negra já fez cobrança, mas não recebeu resposta.
Em contato com o ge, a Conmebol informa que o episódio ainda está em apuração e que não há previsão para um veredito. Questionamos os trâmites do processo, e a resposta é de que os temas em pauta no comitê disciplinar correm sob prazos indeterminados.
No procedimento, o Olimpia é notificado e ganha um prazo para se pronunciar. A apuração é feita também com base no relatório do delegado da partida e no material enviado pelo Flamengo. Só com todos os relatórios em mãos é que se tomará uma decisão sobre possível punição ao Olimpia pelo comportamento de seus torcedores.
O mesmo Comitê Disciplinar abriu outros dois processos contra o Flamengo por ocorrências na mesma partida em Assunção, e ambos já foram resolvidos. O clube foi punido com multa de 12 mil dólares (pouco mais de R$ 60 mil) por infringir protocolos da partida.
O Flamengo ainda foi notificado com advertência por Gabriel, Vitinho e Matheuzinho exibiram na camisa apelidos não autorizados, de acordo com a entidade.
Relembre a denúncia de racismo
Os atletas do Flamengo relataram que as injúrias raciais começaram a acontecer ainda no primeiro tempo. Gabigol e o goleiro Gabriel Batista foram alguns dos alvos. Jogadores como Matheuzinho e Rodinei começaram a rebater os paraguaios. Há registros em vídeo de gritos de “macaco” vindos da arquibancada.
Na volta do intervalo, o técnico Renato Gaúcho fez reclamação com o delegado da partida e com o quarto árbitro.
A situação continuou na volta para o segundo tempo, quando Renato Gaúcho percebeu e avisou ao quarto árbitro e ao delegado da partida.
— Infelizmente tem acontecido no mundo isso, injúria racial. Cobrei muito do quarto árbitro, do delegado do jogo. Isso choca, isso entristece. É uma coisa muito triste, que acontece não só no Brasil, mas no mundo todo. Nós, profissionais, temos a chance de falar e nos manifestar. É importante cobrar isso para que as autoridades possam tomar as previdências – disse Renato na ocasião.
No dia, Gabriel Batista utilizou sua conta em uma rede social para condenar a atitude.
Retirado de: Globo Esporte