Renato Gaúcho estreou no Flamengo há menos de três meses, em 14 de julho, e já dirigiu o Flamengo 23 vezes desde então. Uma maratona de jogos por Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Libertadores, torneios pelos quais o rubro-negro segue vivo. Contudo, mais do que a distância para o Atlético-MG, os números da equipe no Brasileirão ficam abaixo do obtido nos mata-matas. São menos gols marcados, mais gols sofridos e um aproveitamento inferior.
Quando Renato chegou ao Ninho, o Flamengo estava prestes a disputar as oitavas de final da Libertadores e as oitavas da Copa do Brasil. Com 100% de aproveitamento em 10 jogos nos mata-matas, o rubro-negro enfrentará o Palmeiras, em 27 novembro em Montevidéu, pelo tricampeonato da América. No fim de outubro, decidirá com o Athletico-PR um lugar na finalíssima da Copa do Brasil.
Na Copa do Brasil, o Flamengo atropelou o ABC (7 a 0 no agregado) e Grêmio (6 a 0 no agregado). Na Libertadores, a trajetória tem classificações sobre o Defensa y Justicia, Olimpia e Barcelona (5 a 1, 9 a 2 e 4 a 0 nos agregados).
A campanha perfeita nas Copas dá lugar a uma trajetória com alguns deslizes no Brasileirão. São 13 rodadas disputadas sob o comando de Renato, com oito vitórias, três empates e duas derrotas. O aproveitamento de 69% dos pontos não pode ser considerado ruim, e mantém o time em segundo lugar, por ora.
Mais do que os números, as escolhas do técnico deixam no ar se o Flamengo está “indo com tudo” em busca do tricampeonato brasileiro. Questionado, Renato Gaúcho sempre diz que não deixa o Brasileirão “de lado”, e justifica as mudanças na equipe titular, ou até mesmo entre os reservas, pelo desgaste.
Antes de decisões pela Libertadores, por exemplo, o Flamengo foi derrotado pelo Internacional, por 4 a 0, e pelo Grêmio, por 2 a 0, ambos no Maracanã.
Os empates em 1 a 1, com o Ceará e com o América-MG, antecederam jogos decisivos contra o Grêmio, na Copa do Brasil, e Barcelona, pela Libertadores.
Retirado de: UOL