Michael vence a depressão e faz a diferença no Flamengo

Michael em ação pelo Flamengo durante a partida contra o América-MG pelo Campeonato Brasileiro da temporada de 2021 (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

Desde que chegou ao Flamengo, em janeiro de 2020, Michael passou por vários momentos dentro do clube. Da expectativa alta depois do grande Brasileirão que fez com a camisa do Goiás, as críticas ferrenhas nas redes sociais e até mesmo a campanha para que fosse negociado. Hoje, no entanto, assumiu papel de jogador fundamental na equipe, seja começando uma partida, ou seja saindo do banco de reservas para fazer a diferença.

Boa parte desta evolução tem o dedo do técnico Renato Gaúcho. Desde os tempos de Grêmio, o comandante era entusiasta do futebol do camisa 19 e chegou a pedir a contratação de Michael no início desde ano para o Tricolor Gaúcho.

Quis o destino que Micha, como é carinhosamente chamado pelos companheiros, ficasse no Flamengo, e meses depois, Renato Gaúcho desembarcasse na Gávea. Logo nos primeiros dias de clube, o técnico fez questão de dar atenção especial ao atacante. Foi direto e disse que queria o jogador do Goiás, que ninguém desaprende a jogar futebol.

Desde então, a relação dos dois tem ficado cada vez mais forte. É normal ver Michael na beira do campo brincando com Renato após um gol ou uma boa jogada. Também é normal ver os dois se cumprimentando carinhosamente após os jogos. Ou até mesmo declarações do treinador em entrevistas coletivas. Em uma recente, chamou o camisa 21 de “chatinho” e elogiou a desenvoltura que tem para jogar futebol.

Na importante vitória sobre o Juventude, na última quarta-feira (13), Michael não fez gol, mas deu bela assistência para Pedro anotar o segundo. Além disso, infernizou a defesa do time de Caxias do Sul, ajudando a levar a marcação. O drible, inclusive, é uma característica importante de Micha, que faz a diferença dentro de um elenco estrelado como o do Flamengo. Ele também sofreu a falta, cobrada por Andreas Pereira, que encerrou o jejum de 235 jogos sem gols de tiro livre direto.

Apesar dos grandes nomes, Michael é dos poucos no grupo que tem o recurso do drible e o utiliza bastante, sempre sendo incentivado por Renato. Não à toa, desde que o técnico chegou ao clube, o camisa 21 é quem mais dribla na equipe. Foram 43 dribles certos até aqui.

Além de ajudar muito no setor ofensivo, Michael é peça fundamental também ajudando a defesa. Desde que Renato Gaúcho desembarcou no clube, o camisa 21 é o segundo do elenco que mais ganha duelos, foram 99 até aqui. Números que comprovam a intensidade do baixinho.

Com a assistência para Pedro, se tornou o terceiro jogador do elenco que mais dá passe para gols, com 9 assistências, atrás apenas de Arrascaeta e Vitinho. Na partida contra o Fortaleza, anotou dois gols e chegou aos 11 tentos na atual temporada.

Para brilhar no Flamengo, Michael superou também uma depressão, pela qual passou em 2020. O camisa 21 chegou a declarar num entrevista recente que teve vontade de se matar, mas o time carioca deu todo suporte ao jogador. Na ocasião, Jorge Jesus ainda era o treinador da equipe e também foi importante no processo assim como Rafinha.

Hoje, Micha colhe os frutos da persistência e a importância de ouvir para evoluir. Ele está sempre escutando e pedindo conselhos aos mais experientes e, principalmente, a Renato Gaúcho.

Retirado de: Goal