Faltou futebol aos dois principais candidatos ao título brasileiro nos jogos do fim de semana.
Atlético Mineiro e Flamengo protestaram, com mais ou menos razão, contra erros de arbitragem. São as “muletas” de sempre, com dois objetivos básicos: pressionar exigindo “isonomia”, mas querendo mesmo é ser beneficiado no próximo jogo. E, claro, desviar o foco do desempenho ruim e justificar um eventual fracasso no final da temporada. A arbitragem, VAR incluso, é ruim no Brasil e erra para tudo que é lado. Desde sempre.
Não adianta reclamar de adversários fechados. Ambos estão no olho do furacão, são os times mais visados. Todos querem visibilidade criando problemas para os favoritos. O Atlético-GO foi organizado e corajoso para buscar a virada em casa sobre o Galo; o Cuiabá de Jorginho negou espaços com muita concentração defensiva no Maracanã.
Mas era possível vencer, se as equipes de Cuca e Renato Gaúcho tivessem movimentos mais sincronizados e menos dependentes de ações individuais. Seja aproximando Arana, Nacho e Hulk, os mais talentosos no Atlético, seja aproveitando o entrosamento de uma base titular que vem jogando junta desde 2019 no Fla.
Desta vez os desfalques rubro-negros pesaram mais. Por falta de inspiração, mas também porque a volta de Gabigol e a consequente saída de Pedro, que nem no banco ficou por dores no joelho direito, mexeu nas características do ataque, que ficou um tanto incompatível. Porque quando o camisa nove circula pelo setor direito, a área adversária é preenchida por De Arrascaeta e Bruno Henrique. Andreas e Michael têm estilos e tipos físicos bem diferentes dos titulares.
Sem ideias, o Atlético apelou para 17 cruzamentos no segundo tempo, de um total de 26. O Flamengo levantou 46 bolas na área, 27 na segunda etapa. Com o jovem Vitor Gabriel na vaga de Gabigol, que teve dores estomacais, e, no final, Gustavo Henrique na vaga de Michael.
Substituição defensiva precisando vencer? Não exatamente. O zagueiro de 1,96 m se enfiou na área adversária para tentar aproveitar algum “chuveirinho” aleatório. Desespero mesmo. Uma bizarrice que Cuca não tentou em Goiânia, mas havia arriscado no final do empate por 1 a 1 com o Palmeiras no Mineirão que decretou, pelo gol “qualificado”, a eliminação do time de melhor campanha na Libertadores.
Cuca foi muito criticado, inclusive nesta coluna. Assim como Renato escancarou a falta de ideias para buscar o gol que garantiria os três pontos. Muitos dirão que os dois principais treinadores do país no universo dos clubes nos últimos anos mostraram que são fracos, se pensarmos nos principais centros do planeta. E terão muita razão.
Só que, particularmente, esse “recurso” um tanto grotesco foi utilizado por ninguém menos que Pep Guardiola, considerado por tantos, inclusive este que escreve, o melhor técnico do mundo. O maior deste século, talvez.
E não foi em uma partida aleatória, sem maior relevância. Usou no grande Barcelona, maior time que este colunista viu jogar. Semifinal da Liga dos Campeões 2009/10. Diante do “ferrolho” da Internazionale montado por José Mourinho e precisando tirar uma desvantagem de dois gols no Camp Nou, o treinador catalão mandou Gerard Piqué se enfiar como centroavante para receber bolas alçadas.
Conseguiu ir às redes apenas uma vez, com o próprio Piqué. Não foi suficiente e a eliminação foi o primeiro grande revés da carreira de Guardiola no mais alto nível.
Um fã mais ardoroso e com memória muito ruim dirá que foi fato isolado, um equívoco de um profissional no início da nova carreira. Mas Guardiola apelou também para um “zagueiro-centroavante” na última final da Champions. Diante do Chelsea bem fechado, o português Rúben Días foi para o ataque do Manchester City nos minutos derradeiros da decisão. E ainda com o time que preza a posse de bola cobrando laterais diretamente na área adversária. Não podia dar certo.
Guardiola, Cuca e Renato não atingiram seus objetivos com essa bizarrice. Pobre na estética, não aproveita a qualidade de seus elencos e ainda é contraproducente. Bons motivos para nunca mais repetirem este ato tresloucado.
Retirado de: UOL
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View Comments
- Galo, tropeça.
- Flamengo, tropeça.
É SEMPRE O MESMO FILME, pontos "bestas" indo embora por falta de Futebol!
PARECE QUE O FLAMENGO FEZ ACORDO COM O ATLÉTICO,
PARECE PIADA.
É muita burrice desse técnico, como faz falta o jj
O Flamengo fica esperando o Atlético tropeçar e quando acontece ele não aproveita a oportunidade, entra em campo já sabendo o resultado e o que fazer mas não faz o chamado dever de casa! Contra a Chape foi a mesma coisa.
A maior palhaçada e bizarrice são os comentários aqui para causar desconforto onde não há, Flamengo e Atlético com O líderes e candidatos ao título brasileiro terão dificuldades a cada jogo , é isso vai ser até o final do Brasileiro.
Pois os times estavam poucos inspirados ontem e se acomodaram em manter uma boa movimentação e toques ainda mais rápidos. Pois furar retrancas como a que o Cuiabá implantou ontem não era tarefa tão fácil para qualquer time furar. Mas ontem o Flamengo se acomodou e a culpa são exclusivamente dos atletas , parem de culpar os técnicos por 1 ou dois jogos ruins. Se ganha é Deus é se perde é o inferno, cambada de torcedor e imprensa mimimi é Nutella.. Faltam muitos jogos ainda é muita coisa vai acontecer até o fim do brasileirão. Portanto rubro negros parem de lamentar os resultados, o pior de tudo ontem e que diminui os mais um ponto do atlético que irá vencer todos seus compromissos ,Então parem de ser pilhados por mensagens e notícias que só querem causar intrigas no maior time das Américas...Avante Mengão...Estamos no páreo de todas as conquistas até aqui , se não conquistar aí depois vcs choram...seus mimimi
Issoo aí guerreiro. Belo comentário.
Toda vez é assim, o Flamengo sempre perde a oportunidade de se aproximar do líder na tabela.
Esqueçam o Brasileirão esse ano.
Voooolta Jesus.
Não adianta, o time cerca a área mas não chuta a gol.
Mecheu errado era pra ter tirado felip Luiz e não um atacante assim o time seria ainda mais ofensivo
Gente esses jornalistas gostam é de colocar o torcedor contra o treinador. Ontem não faltou empenho, dedicação.Gabi-gol não estava em condições, Pedro não jogou e com razão porque quarta feira é mais uma decisão.
Vamos apoiar o Renato que ainda está nas 3 competições, não vamos dá um tiro no pé.
Vamos prestigiar o nosso treinador que sabe trabalhar e comandar um grupo cheio de estrelas o que não é nada fácil.
Muleta? Um pênalti claro e um lance em que o jogador tenta dominar a bola, mas não consegue, gerando uma nova jogada são muletas??? O Atlético não conquista o Brasileiro há 50 anos. Seria ótimo para o marketing da CBF que o Patético de Minas disse campeão.