Sonho de consumo do Flamengo, André Villas-Boas está livre no mercado desde que pediu demissão do Olympique de Marselha. Desde então, o treinador português rejeitou ofertas de clubes como o CSKA de Moscou, Dínamo de Kiev e Fiorentina.
O site Torcedores apurou que o nome de André Villas-Boas é falado com frequência nos bastidores clube. E, desde a saída de Jorge Jesus, o treinador é considerado a primeira opção da diretoria. No entanto, a questão financeira é o maior entrave para uma proposta.
Ainda segundo apurou a reportagem, André Villas-Boas não cabe no orçamento do Flamengo. A princípio, o luso não pretende ganhar menos de 550 mil euros (R$ 3,5 milhões, pela cotação atual) para comandar uma equipe da América do Sul.
No Olympique de Marselha, por exemplo, André Villas-Boas ganhava um salário de 700 mil euros (R$ 4,4 milhões) mensais na temporada 2019/2020. E teve um reajuste passando a receber 780 mil euros (R$ 5 milhões) na época seguinte.
Além disso, ele não abre mão de levar seus “homens de confiança”: os auxiliares Ricardo Carvalho e Luís Martins, os analistas de desempenho Daniel Souza e José Fontes, os preparadores José Mário Rocha e Pedro Silva, e o fisioterapeuta Eduardo Santos.
De acordo com fontes ligadas ao clube, não há sinalização de um contato por parte da diretoria do Flamengo. No entanto, o vice de futebol Marcos Braz e o diretor executivo Bruno Spindel tem bom relacionamento com o estafe do treinador e sofrem pressão para demitir Renato Gaúcho.
O empresário Giuliano Bertolucci, maior parceiro do clube no mercado da bola, é grande entusiasta da ida de André Villas-Boas para o Flamengo. Porém, o agente tenta demovê-lo da ideia de comandar uma seleção na Copa do Catar-2022.
Encanto com o time de 2019
Em entrevista ao programa “Aqui com Benja”, em novembro de 2020, André Villas-Boas revelou que desejou levar Filipe Luís ao Olympique de Marselha. Porém, o lateral-esquerdo já havia acertado com o Flamengo, algo que impediu que as conversas avançassem. Além disso, o treinador elogiou o time rubro-negro de 2019, além de exaltar Jorge Jesus.
“Por acaso eu queria ele (Filipe Luís) e fiquei muito chateado porque quando liguei para ele ir ao Olympique de Marseille ele disse que já era tarde, já tinha um acordo com o Flamengo… Esse time (do Flamengo de 2019) era sensacional. Misturava a dose certa de talento e experiência”, declarou.
“Jorge Jesus é um fora de série no aspecto tático, na organização de suas equipes. É uma pessoa muito dedicada e, além disso, tem uma visão muito forte sobre os princípios do jogo e o modelo de jogo que ele quer implementar. E como tem ideias muito fixas e uma capacidade de ensinar muito boa, muito próxima aos seus jogadores, ele teve um impacto brutal no Brasil. Sem dúvida abriu o mercado dos treinadores portugueses no Brasil”, completou.
Além disso, Villas-Boas avaliou a presença de treinadores estrangeiros no Brasil. Atualmente, Abel Ferreira e Ricardo Sá Pinto, seus compatriotas, estão atuando no futebol sul-americano.
“Por aquilo que vi e conheço do futebol sul-americano me parece que a grande diferença está na intensidade como se treina, se ocupa espaços e se joga. Talvez por questões de temperatura e má qualidade dos campos, mas é uma intensidade menor que na Europa”, analisou.
A carreira de André Villas-Boas
André Villas-Boas iniciou a carreira como treinador em 1999. Foi auxiliar de José Mourinho no Porto, Chelsea e Internazionale entre 2002 e 2009. Após desfazer a parceria com o consagrado treinador, ele deu pontapé a sua carreira solo.
Afinal, o português fez bons trabalho à frente do Porto, Chelsea, Tottenham, Zenit, Shanghai SIPG e Olympique de Marselha. Nesse ínterim, conquistou nove taças entre elas a Liga dos Campeões da Europa (2011/2012) e a Liga Europa (2010/2011).
Retirado de: Torcedores