Dirigente do Flamengo se manifesta sobre caso de homofobia da torcida

Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente jurídico do Flamengo (Foto: Reprodução/Flamengo)

O Flamengo foi denunciado da última semana por cantos homofóbicos de sua torcida no jogos de volta contra o Grêmio pelas quartas de final da Copa do Brasil. Em julgamento que ocorreu na última segunda-feira (08), a Procuradoria do STJD condenou o clube e pediu a exclusão da equipe na disputa da edição 2022 do torneio.

Já sabendo da decisão, Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, se pronunciou sobre o assunto. Em entrevista à ESPN, o dirigente condenou a atitude da torcida, mas avaliou o coro como “brincadeira de mal gosto”, negando a existência de discriminação.

— As coisas não se misturam. Uma coisa é um ato claro de racismo dirigido em massa contra uma pessoa física negra determinada, no caso o Aranha. Outra um caso de humor (de mau gosto) que não foi especificamente contra ninguém. Homofobia é discriminar alguém por sua opção sexual. Isso não existiu. Ninguém foi frontalmente ofendido, como o Aranha foi -, disse, antes de prosseguir:

— Falta a materialidade. O que aconteceu foi uma brincadeira que entendemos ser de péssimo gosto. Vamos recorrer porque tecnicamente o que foi dito não configura homofobia. Está errado, mas não houve discriminação. O Flamengo é pró-movimento LGBT+ e já demonstrou isso várias vezes, sempre com apoio da torcida.

Enquanto o Flamengo recorre sobre a decisão nos bastidores, o elenco da Gávea se prepara para enfrentar o Bahia nesta quinta-feira (11). A partida, válida pela 31ª rodada do Brasileirão, ocorrerá às 19h (horário de Brasília), no Maracanã.