Ao acertar a renovação com a Adidas, o Flamengo vai elevar em R$ 35 milhões a suas receitas com uniforme. É esse o cálculo feito pela diretoria com a substituição do acordo antigo por este novo. Pelo novo compromisso, o clube prevê receber R$ 75 milhões no primeiro ano, enquanto receberia R$ 40 milhões pelos termos anteriores.
O acordo do Flamengo com a Adidas iria até 2023. O novo contrato foi feito retroativo para substituir o anterior, iniciando em abril de 2021 e se encerrando em 2025. Ou seja, o incremento de receita já ocorre para pagamentos feitos neste início de ano.
Para entender a conta, é preciso explicar as diferenças dos dois compromissos. Ambos os contratos tinham um valor fixo similar em torno de R$ 32 milhões, quantia que é dividida entre royalties mínimos e quantia fixa.
A diferença está no percentual dos royalties a que o Flamengo tem direito em cima da venda de cada peça. Pelo acordo antigo, essa porcentagem era em média de 11,5%. A partir de agora, a fatia do clube é de 35% sobre cada venda.
E, em 2021, o Flamengo teve uma venda recorde em torno de 1,5 milhão de peças. Ou seja, o clube já ganhará os royalties em cima dessa comercialização.
Além disso, foram incrementados os bônus por performance que passaram a seguir as regras internacionais da Adidas. Por exemplo, o Flamengo não ganhará mais prêmio pelo Carioca. Em compensação, o valor pela Libertadores é maior e inclui todas as fases. Pelo vice-campeonato, o clube levará R$ 1,5 milhão. No total, há a possibilidade de chegar até R$ 11 milhões.
Com os novos termos, a diretoria do Flamengo calculou um ganho entre R$ 69 milhões e R$ 80 milhões. Mas, no primeiro ano, o clube já fez a conta de que o montante ficará em R$ 75 milhões. Os valores de outros anos dependerão das vendas de peças, que têm aumentado, e do desempenho esportivo.
Há outros fatores que podem elevar as receitas. O contrato agora só envolve o futebol e o basquete, o que liberou o Flamengo para acordos em outras modalidades.
Além disso, o Flamengo recuperou propriedades que pertenciam à Adidas: direitos sobre moda casual, e-commerce e loja da Gávea. Assim, o clube passa a controlar o comércio de seus produtos e ganhar com isso. É provável que ocorram novos acordos para roupas sociais, além de produção própria.
Em um tweet, o presidente do Conselho de Administração, Luiz Eduardo Baptista, projetou que o clube poderia ganhar mais R$ 50 milhões com esses itens. Ele está envolvido diretamente nos novos projetos. Esse valor dependerá de como o clube trabalhará as novas propriedades.
Retirado de: UOL