A decisão de deixar o pênalti decisivo nos pés de Vitinho causou enorme estranheza e um quê de decepção no Flamengo, que perdeu para o Atlético-MG a Supercopa do Brasil.
Ídolo máximo da torcida e cobrador de primeira linha, Gabigol converteu sua penalidade durante a série de cinco batidas, mas não pegou a bola em um momento crucial. De acordo com apuração do UOL Esporte, a postura do camisa 9 não foi bem compreendida no vestiário, embora não tenha havido nenhuma cobrança direta ao jogador.
Quando foram iniciadas as cobranças alternadas, alguns rubro-negros que estavam no banco sinalizaram para Gabigol ir para a cobrança. Diego Alves gesticulou, houve até alguma hesitação, mas o meia foi para a marca da cal. Na cobrança, defesa de Éverson e taça para o Galo.
Na entrevista coletiva, Paulo Sousa contemporizou e evitou dar margem para alguma polêmica, porém o assunto martela a cabeça de jogadores e dirigentes desde o apito final em Cuiabá.
— Decidimos os cinco primeiros e a ordem dos cinco. Decidimos com todo o elenco. Após esses cinco, as decisões foram tomadas entre eles e por quem se sentisse melhor, disse o português.
Vitinho, é bom ressaltar, é considerado um dos jogadores com a melhor batida no elenco, mas a sensação geral é que a responsabilidade cabia ao artilheiro do time.
Na saída do campo, Diego, um dos capitães do Fla, fez questão de exaltar a coragem do companheiro e corroborou a tese de que foi uma decisão coletiva.
— Confiamos nos jogadores, ficou decidido pelo Vitinho. Parabenizo a coragem dele por ter ido lá e assumido a responsabilidade. Bater um pênalti já é dificil, dois é ainda mais. Temos de seguirem frente, afirmou o camisa 10 à “Globo”.
Após o vice-campeonato, o Fla volta suas atenções para o Carioca. Na quarta (23), a equipe encara o Botafogo, às 20h, no Nilton Santos.
Retirado de: UOL