A maioria dos clubes da Série A do Brasileiro indicou que estará presente à reunião para apresentação de um projeto da La Liga para organizar o Brasileiro. Em conjunto com a consultoria Alvarez & Marsal, a ideia é usar a gestão espanhola de campeonato como base, mas apresentar diferentes modelos para os times nacionais. Caberá a eles decidir como melhor forma de organizar a Liga do país.
Na segunda-feira, os clubes da Série A se reuniram na CBF e retomaram o diálogo após disputas internas. Agora, eles têm uma primeira tarefa de decidir quem vai estruturar a Liga do Brasileiro.
Já houve uma reunião com a empresa Codajas que apresentou ideias de como seria a gestão do campeonato, com a parceria do BTG para captar investimentos com a venda de parte dos direitos. Agora, na terça-feira, dia 15, a La Liga, Alvarez & Marsal e XP vão apresentar uma outra proposta para administração da competição. A reunião será em São Paulo.
Estará presente o presidente da La Liga, Javier Tebas, que fará uma apresentação para os clubes da Série A sobre o seu modelo de gestão. Há executivos da liga espanhola já no Brasil para criar uma fórmula para ser apresentada aos clubes. Mas eles atuarão como consultores, remunerados, enquanto a operação da Liga em si seria tocada por brasileiros, em estrutura a ser montada pela Alvarez & Marsal.
A questão é que não basta simplesmente importar a fórmula espanhola. O grupo está trabalhando com opções a serem dadas aos clubes. Por exemplo, como funcionaria a governança da Liga? Como seria a relação da Liga com os clubes? E com a CBF? Como seria a gestão da pontos operacionais como arbitragem? Como seria uma possível venda para investidores de uma parte dos direitos da Liga, o que já foi feito na La Liga?
A questão da divisão do dinheiro da Liga pode ser conversada, mas a ideia é ainda não aprofundar nesse ponto. É o tema que tende a causar mais discórdia entre grupos de clubes, de um lado times como Flamengo e os cinco paulistas e do outro, 10 equipes da Série A que formam o “Forte Futebol”.
Entre os clubes, há quem defenda que, a partir dessa apresentação, é preciso acelerar o processo. Ou seja, abrir espaço para eventuais outros grupos que queiram concorrer para gerir a Liga e depois fazer uma concorrência formal com votos dos clubes.
A visão é de que o futebol, por ser um negócio específico, não tem um grande número de especialistas para formatar uma Liga. E dirigentes de clubes têm consciência de que tem de entregar a gestão a um terceiro porque não há como gerir um clube e uma liga ao mesmo tempo. Aí restará definir o escolhido e qual o modelo que este deverá implantar no Brasil.
Retirado de: UOL
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