Com dois placares apertados, o Flamengo eliminou o Vasco na semifinal do Campeonato Carioca. Assim como na semana passada, o Rubro-Negro não demonstrou em gols a superioridade técnica e financeira sobre o rival. No jogo de ontem, por exemplo, o goleiro Hugo Souza realizou intervenções importantes em arremates de fora da área.
Até aqui, o trabalho de Paulo Sousa não parece agradar Renato Maurício Prado, Durante Live do UOL Esporte, o jornalista teceu muitas críticas ao português. Na sua visão, o Flamengo não está com cara de time e depende da individualidade de alguns jogadores.
— Eu sinto uma falta enorme de prepara tático. Não vejo nada, não vejo jogada. Os alas jogam aberto, mas é uma dificuldade para participarem do jogo, chegar na linha de fundo. No meu modo de ver, o time está muito mal armado, continua dependendo de lances individuais. E hoje, teve essa dificuldade diante de um Vasco que não se retrancou. Pelo contrário, esteve perto de fazer os dois gols que precisava. O Nenê obrigou o Hugo a fazer defesas importantes, avalia Renato.
— Existem erros técnicos, mas também de armação. A defesa do Flamengo joga desprotegida, aquele setor entre o meio-campo e a entrada da área é uma avenida. Os jogadores adversários passeiam ali sem ser combatidos por ninguém. Eu sinceramente não vejo evolução no time do Flamengo. O time não está andando, são 12 jogos e já dava para ter mais ou menos a cara do Flamengo. Eu só vejo uma defesa exposta, alas que criam muito pouco, volantes que não conseguem proteger os três lá atrás e três atacantes que tentam na base do individual. Acho muito pouco, completou.
Adversário da final
Garantido na decisão, o Flamengo agora aguarda o vencedor de Fluminense e Botafogo, duelo da outra chave. Até lá, a equipe de Paulo Sousa terá um tempo considerável de preparação. O tema, inclusive, foi assunto na entrevista coletiva do treinador português.
— Vamos aproveitar para recuperar alguns jogadores, algumas contraturas musculares. Agradeço aos recursos humanos que encontramos no Flamengo. Nosso departamento médico, sua qualidade e disponibilidade. Não é só um trabalho no campo. Recuperar fisicamente e mentalmente. Existe também o cansaço mental pela complexidade do que pedimos. Vamos continuar a trabalhar muito, porque queremos mandar nos jogos. Temos que estar preparados. É diferente ter um Everton ou um Gabi entre as linhas, por exemplo. Também faremos muitos trabalhos de finalização para sermos mais eficazes. Trabalhar a linha ofensiva. Os nossos volantes cresceram muito… encurtamento de distância, antecipações. Algo que vamos continuar a trabalhar.
Retirado de: Torcedores